O secretário de educação de Goiânia Wellington Bessa reagiu na tarde desta terça (15) aos argumentos dos professores da rede municipal que entraram em greve. Ele defende que já paga o piso nacional a toda a categoria.
Bessa esclarece que o reajuste de 33,2% aprovado pelo governo federal não poderia ser aplicado a todos por uma questão orçamentária. Além disso, ele afirma que a média salarial dos profissionais é de R$6.083,11.
“Piso é o valor mínimo que deve ser pago para a categoria profissional, e isso Goiânia já cumpre. E com o percentual de 7,5%, todos aqueles que estavam próximos do valor mínimo a ser pago, diante do reajuste de 33,2% feito pelo Governo Federal, estarão contemplados pelo novo piso nacional”, destaca.
O acréscimo linear para todos os professores poderia comprometer o custeio das unidades de ensino, a aquisição de merenda e a construção de novas unidades. O limite da folha de pagamento atualmente é de 54% da arrecadação e o reajuste integral para a categoria extrapolaria em 59%.
O secretário chama atenção ainda para o fato de a legislação não obrigar os estados e municípios a fazer a concessão. O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que tem parte dos recursos destinados para a valorização dos professores, não seria suficiente para isso Em 2021, o dinheiro dessa fonte conseguiu pagar apenas 55% dos servidores da pasta.
Sobre as reivindicações dos administrativos da educação, Wellington ressalta que já foi proposto 9,32% aumento como correção inflacionária relativa a 2020 e 2021, embora a categoria pleiteie cerca de 11% de 2019 a 2021, totalizando 33%, aproximadamente.
“O prefeito enviou proposta de pagamento do quinquênio, por iniciativa própria, à Câmara Municipal de Goiânia, que foi aprovado e lei está em vigor. Encaminhou também o pagamento do auxílio locomoção e transporte para os temporários. Então, a greve, para nós, é uma demonstração de total falta de sensibilidade por parte dos sindicatos”, frisa ele em relação às demais pautas de reclamações.