O secretário de Finanças da Prefeitura de Goiânia, Oseias Pacheco, compareceu hoje (19) à Câmara de vereadores e apresentou um panorama sobre as finanças do município. Segundo o balanço de Pacheco, a prefeitura deve levar 48 meses para liquidar todas as contas.
De acordo com o vereador Elias Vaz (PSB), que convidou o secretário a comparecer à Câmara, a Prefeitura tinha quase R$ 370 milhões em caixa no final de fevereiro deste ano. Sendo assim, para o vereador, não há razão para atrasos no pagamento de salários e atendimento de algumas reclamações da população, como falta de vagas na UTI e ambulâncias do SAMU sem manutenção.
O secretário alegou que a Prefeitura tem dinheiro em caixa, mas que não é suficiente para atender todas as demandas. Oseias reafirmou que Iris Rezende (PMDB) recebeu de Paulo Garcia (PT) uma dívida de R$ 670 milhões, dos quais R$ 100 milhões teriam sido pagos, restando um saldo de R$ 570 milhões. “Nesse sentido, em julho vamos iniciar uma negociação com os credores da administração, referentes a débitos de 2016 para trás”, pondera. O valor da dívida será parcelado.
Conforme o quadro apresentado, a Prefeitura tem hoje um saldo de R$ 200 milhões, sendo que só a folha de pagamento dos servidores consome R$ 220 milhões. “As prioridades são para pagar a folha dos servidores, encargos sociais e posteriormente pagar dívidas da gestão anterior”, completa Oseias.
Impostos
O secretário informou que até este mês foram arrecadados R$ 750 milhões com IPTU e ITU. A ideia, segundo ele, é investir em obras públicas que demandam menos recursos.
O vereador Zander Fábio (PEN) destacou o rigor que a secretaria de Finanças utiliza para cobrar dos contribuintes mais humildes. Ele questionou, ainda, a cobrança de ISS de bancos, shoppings e outras empresas privadas. “Nossos auditores estão estudando essa questão”, respondeu Oseias.
Os vereadores cobraram também a relação dos 100 maiores devedores da Prefeitura. O titular da secretaria afirmou que não pode fornecer os nomes nem o cadastro porque se trata de uma proibição legal. “Se a Justiça determinar não vejo nenhum problema em encaminhar aos senhores vereadores essa lista”, rebateu.