O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Procuradoria-geral de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) deflagraram na manhã desta terça-feira, 25, a segunda fase da Operação Falso Negativo. O secretário de saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo, foi preso preventivamente na operação.
A operação envolve os Ministérios Públicos de vários estados para apurar fraude na compra de testes para covid-19. Ao todo, foram expedidos 44 mandados de busca e apreensão e sete de prisão preventiva, no Distrito Federal (DF), Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina, Mato Grosso, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.
A investigação apura suspeitas de crimes cometidos por servidores do alto escalão da Secretaria de Saúde do DF. Entre os crimes estão: fraude à licitação, lavagem de dinheiro, crime contra a ordem econômica (cartel), organização criminosa, corrupção ativa e passiva. Essas práticas criminosas teriam sido praticadas envolvendo as licitações destinadas à compra de testes para detecção da covid-19.
As investigações apontam que o superfaturamento na aquisição dos insumos soma prejuízo superior a R$ 18 milhões aos cofres da saúde do DF. Além disso, segundo o Ministério Público do Distrito Federal, há fortes evidências de que as marcas dos produtos adquiridos seriam imprestáveis para a detecção eficiente da covid-19 ou seriam de baixa qualidade.