Press "Enter" to skip to content

Secretário de Turismo de Nova Crixás deve ser ouvido pela polícia nesta quarta-feira, 23, após polêmica com tambaquis

Última atualização 22/03/2022 | 16:17

O Secretário de Turismo de Nova Crixás, João Luís Busnardo, que publicou uma campanha nas redes sociais para incentivar a matança do peixe tambaqui no Rio Araguaia deve ser ouvido pela Polícia Civil (PC) na manhã desta quarta-feira (23). O motivo é  explicar o incentivo à pesca predatória da espécie na região, segundo a delegada responsável pelo caso, Sayonara Francisco.

“Vou verificar qual é a conduta, se ele fez essas declarações em outro ambiente. Vamos ver a intensão do agente público e o que ele desejava com essa manifestação. Ao ouvi-ló, vou conseguir identificar se o seu posicionamento e se cabe em algum tipo penal. Porém, vou conseguir dizer se ele cometeu um crime somente depois de ouvi-ló”, explicou.

Busnardo acredita que o peixe é uma ameaça para outras espécies, principalmente a Piraúba que é um peixe nativo da região. Ele, inclusive, rebateu um comentário nas redes sociais de um usuário que defendia a preservação do Tambaqui. Usando a campanha #vamosmatartambaqui, o secretário escreveu em seu post:

“Quem fez essa carta deve ser doente mental. Procura saber primeiro, gente. Essa espécie acaba com as outras. “Ela tá infestada no Araguaia inteiro. Fora de controle. Vai ser até muito difícil de a gente controlar isso daí, mas a gente com certeza vai tentar”, declarou Busnardo.

Repercussão

Para o delegado titular da Delegacia de Meio Ambiente (DEMA), Luziano Carvalho, não há nenhum estudo técnico que comprove a alegação do secretário.

“O tambaqui precisa é ser preservado. Essa publicação foi inadequada, principalmente pelo cargo que ocupa. É preciso ter mais consciência, com as chuvas, rios, lagos, lagoas encheram e a quantidade de peixes de todas as espécies aumentaram. Não pode um servidor público falar em matar uma espécie, ele precisa preservar o meio ambiente, não matar seu habitante que no período da seca corre risco de morrer por falta d’água”, concluiu.

Publicação feita pelo secretário / Foto: Reprodução