Secult Goiás cadastra 13 projetos no novo PAC para Cultura

A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) cadastrou 13 projetos no edital de seleção do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), iniciativa do governo federal que prevê investimentos de R$ 240 bilhões em recursos públicos para os próximos quatro anos. Do montante, R$1,3 bilhão será destinado para o desenvolvimento de ações e projetos do Ministério da Cultura (MinC).

Das 13 propostas inscritas pela Secult Goiás, duas foram feitas junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan), que inclui a contratação de projetos de engenharia para restauros do Teatro Goiânia e do Palácio Conde dos Arcos, na cidade de Goiás. Também foram cadastrados 11 municípios goianos no Edital CEU (Centro de Artes e Esportes Unificados) da Cultura – modalidade disponível no PAC – que poderão receber o benefício caso sejam selecionados.

Para Goiás foram inscritos projetos de cinco cidades do Entorno do Distrito Federal (Luziânia, Cidade Ocidental, Santo Antônio do Descoberto, Águas Lindas de Goiás e Padre Bernardo) e quatro da região Metropolitana de Goiânia (Trindade, Bela Vista, Hidrolândia e Caldazinha), além dos municípios de Quirinópolis e Alto Paraíso de Goiás. Somente 11 projetos podem ser contemplados neste certame. Cabe ao governo federal selecionar entre as propostas cadastradas pelos estados.

A secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes, pontua que equipes da Secult Goiás têm atuado para trazer recursos federais para o segmento cultural. “Estamos atentos às oportunidades e prazos, pois o setor cultural goiano é dinâmico e diverso, e queremos que a cultura esteja viva em cada município”, afirma. “Prova disto é que fomos o segundo estado a ter o plano de ação para obtenção de recursos da Política Nacional Aldir Blanc aprovado e cadastramos o número máximo de projetos no PAC”, complementa a secretária.

Vivência cultural

O CEU da Cultura visa contemplar a construção de 250 novos espaços de vivência cultural em todas as regiões do Brasil. Além disso, outros R$ 10 milhões serão destinados para a reforma e conclusão de 26 espaços já existentes. A iniciativa será custeada com recursos oriundos Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), vinculados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), conforme a Lei nº 14.719, de 1º de novembro de 2023.

De acordo com o programa, esses espaços serão construídos primordialmente em áreas de vulnerabilidade social e têm como objetivo promover a integração entre a cultura, esporte, lazer, formação e produção criativa, inclusão social, inclusão digital e mobilização popular, prevenção à violência e saúde. Dados oficiais mostram que as áreas que contam com os espaços do CEU da Cultura apresentam uma diminuição significativa nos números de violência e evasão escolar.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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