Aquela comida frita, gordurosa, ou mesmo aquele, quase que irresistível, se consumidos em grande quantidade trazem riscos reais à saúde e podem, em certas situações, levar à morte. Pesquisa realizada por dois médicos brasileiros mostrou que 73% das mortes nas grandes cidades do país estão ligadas aos maus hábitos de vida. As principais causas são a piora na alimentação, o sedentarismo e a insônia, que estão relacionados ao período pós-pandêmico.
Para o médico Kleiner Vasconcelos Pinheiro, os hábitos estão ligados a uma melhor qualidade de vida e à maior longevidade. Ele explica que para ter uma vida mais tranquila e longa é necessário trocar as ‘besteiras’ por alimentos mais saudáveis, como comidas anti-inflamatórias e oxidantes.
“A medicina há muito tempo fala sobre se alimentar melhor e dormir melhor, visto que hoje em dia muitas pessoas não priorizam o sono. Além disso, é necessário ter um equilíbrio entre a família, o trabalho e a espiritualidade. O estresse do dia-a-dia tem deixado a população mais doente, sobrecarregada. Isso é muito prejudicial à saúde”, explicou.
Doenças
Ainda de acordo com o especialista, as árduas jornadas de trabalho e a escassez de descanso podem fazer com que o organismo da pessoa enfraqueça. Com o organismo decadente, o indivíduo acaba ficando vulnerável a doenças, inclusive, a ansiedade.
Kleiner acredita que a prática de exercícios físicos pode ajudar no combate à ansiedade, além de trazer uma melhor qualidade de vida. Porém, ele alerta que o exercício físico é algo complementar e que é fundamental que a pessoa tenha uma boa noite de sono, assim como uma alimentação saudável.
“O sono é essencial para a saúde. A gente passa aproximadamente um terço da nossa vida dormindo. Uma boa noite de sono te dá mais energia, uma forma de limpeza de radicais livres. Os maus hábitos vão levar a pessoa a ter menos saúde e, consequentemente, maior risco de óbito”, disse.
Mudança
O médico aconselha a população a mudar os hábitos alimentares, assim como tentar diminuir o estresse diário do trabalho. Caso a pessoa sinta mal-estar ou algo diferente, Kleiner diz que é necessário procurar ajuda médica.
“Para uma pessoa conseguir mudar os seus hábitos leva meses ou até anos. No começo, quando estamos motivados, a gente muda, mas depois dá uma escapada. Ai se decepciona, não quer fazer mais. Sempre há altos e baixos, mas é essencial lembrar dos novos hábitos. Assim, a sua saúde, corpo e mente agradece”, concluiu.