Seduc empossa diretoria do primeiro Fórum de Educação Escolar Indígena

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), realizou a cerimônia de posse dos integrantes do primeiro Fórum Estadual de Educação Escolar Indígena de Goiás (FEEEI/GO). Foram nomeados, para um mandato de dois anos, 29 membros, entre titulares e suplentes.

 

A diretoria é composta pelo vice-cacique Tapuia da aldeia Carretão, Wellington Vieira Brandão, no cargo de presidente; Sinvaldo Oliveira Saraiva, dos povos Iny/Karajá, no cargo de vice-presidente; e Valdirene Leão Gomes, também Iny/Karajá, como secretária-executiva.

 

A secretária estadual da Educação Fátima Gavioli informou que desde 2019, o Governo de Goiás trabalha na criação deste grupo. “No Fórum serão apresentadas sugestões, discussões e políticas para que os professores ensinem melhor e as crianças tenham um melhor aprendizado”, destaca.

 

A coordenadora de Educação Escolar Indígena do MEC, Rosilene Tuxá, explica que o fórum tem uma importância muito grande não só para os povos indígenas, mas para o Estado. “Com certeza é um momento histórico. Mostra o quanto a comunidade indígena é assistida e é isso que eles precisam: políticas pensadas para os povos indígenas com a participação dos povos indígenas,” ressalta a coordenadora.

 

Para primeiro presidente do FEEEI/GO, Wellington Vieira, trata-se da consolidação de uma demanda importante para a comunidade indígena. Ele lembrou que, com a criação do fórum, as possibilidades de diálogo, conquistas e garantias de direitos são ampliadas, além da relação direta com a Seduc e com o governo estadual.

 

FEEEI

 

O Fórum Estadual de Educação Escolar Indígena de Goiás (FEEEI/GO) foi criado pelo Governo de Goiás no dia 03 de agosto de 2022, por meio de um decreto governamental. Este é o primeiro fórum e o intuito é assessorar os programas e ações de promoção e desenvolvimento da Educação Escolar Indígena em todos os níveis e modalidades ofertadas pela rede pública estadual de ensino.

 

O FEEEI deve propor e discutir políticas e projetos de valorização das culturas indígenas e propiciar a manutenção e formulação dos programas específicos da Educação. Entre as suas competências, está, também, a organização de ações que fortaleçam o ensino e a aprendizagem dos estudantes das comunidades escolares indígenas.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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