Sefin passará a cobrar juros nesta quarta-feira para quem deixar de pagar o IPTU

“A expectativa é que a gente tenha uma longa briga sobre esse assunto do IPTU. Provavelmente, todas as ações terão recursos de ambas as partes, não só da prefeitura, mas dos autores das ações também. A tendência é que tenhamos um longo ano de discussão jurídica”

As discussões políticas e jurídicas a respeito do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) não alteram a data de vencimento do imposto, que é nesta terça-feira (20). Já na quarta-feira (21), a Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) começa a cobrar juros, multas e correção monetária dos contribuintes que tiverem em situação de inadimplência. Os débitos também são passíveis de inscrição em serviços de proteção ao crédito, como SPC e Serasa, entre outras penalidades provocadas pelo atraso na quitação da obrigação fiscal.

Por conta disso os contribuintes estão sendo aconselhados segundo o secretário municipal de Finanças, Alessandro Melo a pagar o imposto e evitar a cobrança de taxas de juros. “A orientação que damos ao contribuinte é que, por segurança, faça hoje o pagamento do IPTU. Isso vai evitar possíveis transtornos para ele independente do cenário que nós viermos a ter”, ressalta.

Ainda segundo o secretário, se houver decisão pela manutenção e consequentemente, pela redução no valor do imposto cobrado este ano, os cidadãos que pagarem o IPTU nesta terça-feira (20), terão devolvido os valores pagos. “A expectativa é que a gente tenha uma longa briga sobre esse assunto do IPTU. Provavelmente, todas as ações terão recursos de ambas as partes, não só da prefeitura, mas dos autores das ações também. A tendência é que tenhamos um longo ano de discussão jurídica”, afirma.

De acordo com Alessandro Melo, todo pagamento de tributo feito acima do valor devido, o chamado indébito tributário, significará para o contribuinte que ele terá direito a ressarcimento. Assim, o pagamento do IPTU não tira do contribuinte o direito de ingresso com processo administrativo para revisão do imposto. O prazo para questionamento junto à administração municipal vai até o dia 22 de março. Os processos podem ser abertos na Atende Fácil, central de relacionamento presencial com a Prefeitura de Goiânia situada no Paço Municipal, Park Lozandes.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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