Segundo alerta da OMS, transmissão da covid-19 no Brasil não está diminuindo

Nesta segunda-feira, 10, o diretor de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, alertou que o Brasil ainda tem altos níveis de transmissão de covid-19. No sábado, 08, o Brasil ultrapassou a marca dos 100 mil mortos pela doença. É o segundo maior número do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

No fim de semana, o país também passou os três milhões de casos. “O Brasil está sustentando um nível muito alto de epidemia. A curva [de transmissão] achatou um pouco, mas não está diminuindo”, alertou Ryan.

Segundo o diretor de emergências da OMS, a taxa de transmissão da doença – o chamado R0 – no país oscila entre 1,1 e 1,5. Isso significa que uma pessoa infectada contamina, em média, mais de uma outra. Para que a disseminação da doença fique sob controle, o R0 precisa estar abaixo de 1. Ou seja, é preciso que uma pessoa infectada não consiga contaminar nenhuma outra.

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Pesquisa aponta que 49% dos brasileiros acreditam em melhorias no país em 2025

Um levantamento realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revelou que 49% dos brasileiros acreditam que o país terá melhorias em 2025. O índice permanece estável em relação à pesquisa de outubro, mas registra uma queda de 10 pontos percentuais comparado a dezembro de 2023, quando o otimismo atingiu 59%.

A percepção de piora aumentou entre os entrevistados: 28% acreditam que o Brasil irá piorar em 2025, uma alta de cinco pontos em relação a outubro (23%) e de 11 pontos frente a dezembro do ano anterior (17%).

O levantamento, divulgado nesta quinta-feira, 26, foi realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) entre os dias 5 e 9 de dezembro, com 2 mil participantes de todas as regiões do país.

Sobre o desempenho do Brasil em 2024, 66% dos entrevistados afirmaram que o país melhorou (40%) ou permaneceu igual (26%) em comparação a 2023. No entanto, essa soma representa uma queda de 13 pontos em relação a dezembro de 2023, quando 79% acreditavam que o cenário havia melhorado (49%) ou permanecido estável (30%).

A percepção de piora em 2024 alcançou 32% em dezembro, marcando um aumento significativo em relação aos 20% registrados no mesmo período do ano anterior.

Para Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe, os resultados refletem um equilíbrio entre otimismo e cautela. “O ano teve aspectos positivos, como o aumento do emprego, mas foi marcado por fatores adversos, como seca, queimadas e notícias sobre alta da Selic, juros e inflação”, explicou Lavareda.

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