Segundo suspeito de desaparecimento de Dom e Bruno é preso pela PF

Um segundo suspeito de participar no desaparecimento do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira foi preso, nesta terça-feira, 14, pela Polícia Federal (PF) no Amazonas.

Osney da Costa de Oliveira, 41 anos, é conhecido como Dos Santos na região do Vale do Javari. Ele é irmão de Amarildo Costa de Oliveira, de 41 anos, também suspeito de participar do desaparecimento. Ele foi interrogado na noite desta terça e seguirá para audiência de custódia na Justiça de Atalaia do Norte.

Segundo a PF, os irmãos teriam agido juntos no dia do desaparecimento. Osney teria entrado no barco do irmão, com uma espingarda calibre 16, e seguido Bruno e Dom. Com ele foram apreendidos cartuchos de arma de fogo e um remo, que serão analisados pela polícia.

Ainda não há informações sobre as circunstância em que o objeto foi apreendido.

Homicídio qualificado

Na última quinta-feira, 9, a Polícia Federal prendeu de forma provisória Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado. Na ocasião, o irmão de Amarildo, Osney, afirmou à agência internacional Associated Press que o suspeito teria sido torturado pela polícia para confessar a participação no crime. A família nega o envolvimento de Amarildo no caso.

A Polícia Federal investiga o desaparecimento como homicídio qualificado com envolvimento de Dos Santos e Pelado.

As buscas por Dom e Bruno entram no 11º dia e estão concentradas em áreas próximas ao Rio Itaquaí, onde objetos pessoais dos desaparecidos foram encontrados.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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