Segundo turno: Lula vence na Nova Zelândia, Austrália e Coreia do Sul; Bolsonaro conquista Japão

Segundo turno: Lula vence na Nova Zelândia, Austrália e Coreia do Sul; Bolsonaro conquista Japão

O segundo turno das eleições começou há poucas horas no Brasil, às 8h, mas devido ao fuso horário, os brasileiros de outros países já encerraram a votação, como é o caso na Nova Zelândia, primeiro país a concluir o pleito. Além do país da Oceania, a Austrália, Coreia do Sul e Japão também encerraram a votação. Ao todo, Lula (PT)  ganhou em três países e Bolsonaro (PL) em um. 

Nova Zelândia

Na Nova Zelândia, o candidato do PT conseguiu ‘bater’ o concorrente Bolsonaro, ficando com 70,3% dos votos válidos, enquanto o atual mandatário conquistou apenas 29,7%. Dos 553 votos válidos em Wellington, 389 foram para Lula, sem considerar votos brancos e nulos.

Bolsonaro obteve 164 votos na cidade. Outros 16 brasileiros votaram em branco ou anularam o voto. O dado oficial, porém, só será divulgado ao fim da eleição em todo país pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a partir das 17 horas deste domingo, no fuso horário de Brasília. 

Os números da Nova Zelândia foram coletados por brasileiros que compartilharam o resultado dos boletins de urnas, que são afixados no local de votação, por exigência legal.

Austrália

Na Austrália, o petista também ficou na frente do atual presidente. Em Sidney, Lula teve 61,3% dos votos contra 38,7% de Bolsonaro. Na capital Camberra, o ex-presidente foi o mais votado por 72,1% dos eleitores. Bolsonaro foi a escolha de 27,9% das pessoas.

Coreia do Sul e Japão

Na Ásia, Lula venceu na Coreia do Sul com um percentual de 64,3%. No país, o candidato do PT recebeu 126 votos válidos. Jair Bolsonaro, por sua vez, teve 35,7%, o equivalente a 70 votos. No vizinho asiático, Japão, Bolsonaro levou a melhor.

Fuso horário

Brasileiros ao redor do mundo começaram a ir às urnas neste segundo turno mais cedo, devido ao fuso horário. Ao todo, há eleitores em 181 cidades estrangeiras. Quem tem domicílio eleitoral na Nova Zelândia e na Austrália, na Oceania, por exemplo, pode votar entre 14 e 16 horas antes do segundo turno.

A Austrália abriu as 22 seções eleitorais para os 15.390 eleitores aptos a participarem da votação. Depois, a escolha dos candidatos começou no Japão, onde há 104 locais de votação e 76.570 brasileiros com direito ao voto. Ao todo, 697 mil cidadãos poderão votar fora do Brasil este ano.

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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