Segurança alimentar em Goiás é superior à média nacional

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De acordo com estudo da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (PENSSAN), três em cada dez famílias brasileiras passam fome. No País, a média de segurança alimentar é de 41,3%. Analisando somente o estado de Goiás, os números chegam a 45,2%, a melhor situação da Região Centro-Oeste.

A fome em Goiás e no Brasil

Em números absolutos, 125,2 milhões de pessoas vivem em insegurança alimentar. Essa situação tem três níveis no estudo da PENSSAN. Insegurança leve, quando há incerteza se a pessoa conseguirá alimentos no futuro. Moderada, quando há uma redução considerável no consumo de alimentos devido à falta de dinheiro. E grave, quando a família passa fome.

No recorte por regiões, o Norte tem o menor índice de segurança alimentar, com 28,4%. Em seguida, vem o Nordeste, com 31,9%. O melhor nível é o do Sul, com 51,8%, enquanto o Sudeste possui 45,4%. O Centro-Oeste, por sua vez, se coloca em uma situação intermediária, com 40,5%.

No recorte por estados, a melhor situação do Centro-Oeste está em Goiás, com 45,2%, uma média superior não apenas em relação à própria região, mas quanto à média nacional como um todo. O Distrito Federal tem 38,5% de segurança alimentar, o Mato Grosso possui 36,8% e o Mato Grosso do Sul conta com 35%.

Além disso, Goiás apresenta uma estatística de 30,4% de pessoas em situação de insegurança alimentar leve, 12,5% de insegurança moderada e 11,9% de insegurança grave. Portanto, mais da metade da população goiana vive cenário de insegurança alimentar em algum nível. A efeito de comparação, a média do Brasil é de 28% de insegurança alimentar leve, 15,2% moderada e 15,5% grave.

Os estados com maior nível de segurança alimentar são: Espírito Santo (61%), Santa Catarina (59,4%), Rio Grande do Sul (52,4%) e Rio Grande do Norte (51,2%), os únicos que ultrapassam 50%. Por outro lado, os menores são Ceará (18,2%), Piauí (20%), Amapá (20,6%), Pará (21,8%), Alagoas (22,2%) e Maranhão (22,9%), os únicos com menos de 25%.

Quanto aos níveis de insegurança alimentar grave, a situação mais alarmante é do Alagoas, com 36,7% da população vivendo esse cenário. Piauí (34,3%), Amapá (32%), Sergipe (30%) e Pará (30%) são outros destaques negativos.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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