Depois da operação policial que resultou em 121 mortes no Rio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viu a segurança pública, maior preocupação dos brasileiros, virar munição de opositores em um momento no qual recuperava a popularidade. Na América Latina, região mais violenta do planeta e na qual o tema é altamente politizado, o petista não está sozinho: os principais países comandados por aliados, do Uruguai ao México, têm a insegurança como incômodo predominante nas pesquisas, e alguns deles entraram na mira de anseios intervencionistas dos EUA sob o argumento de combate ao crime. Neste domingo, na Colômbia, Lula participa da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). O mar da região tem sido palco de bombardeios dos EUA a embarcações que, segundo o governo Donald Trump, carregam drogas. Ao mesmo tempo, o chefe da Casa Branca volta a ventilar a possibilidade de fazer ataques terrestres contra os cartéis do fronteiriço México.




