A segurança pública foi o tema que uniu o Centrão e a direita no Congresso Nacional, causando tensões com a esquerda. O projeto antifacções, aprovado pela Câmara dos Deputados com uma votação expressiva (370 a 110), mostrou a divisão no cenário político. O presidente da Câmara, Hugo Motta, fez críticas públicas ao governo, enquanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, teve desentendimentos com o mandatário por causa da indicação ao STF.
O governo federal buscava alterar trechos do relatório do deputado Guilherme Derrite, mas as negociações levaram a algumas concessões. Apesar disso, o texto final ainda gerou críticas e acusações entre as diferentes correntes políticas. No entanto, a maioria dos votos favoráveis veio de partidos com representação no governo, como MDB, PDT, PP, PSD, Republicanos e União Brasil.
A defesa do endurecimento da segurança pública, representada pelo projeto aprovado, se tornou um ponto de união para oposição e Centrão, apesar de divergências anteriores. O presidente Lula criticou a medida nas redes sociais, ressaltando a importância de leis firmes no combate ao crime organizado. Por outro lado, Hugo Motta defendeu a eficácia do Marco Legal de Combate ao Crime Organizado, destacando a necessidade de união nesse momento.
Após a votação, o líder do PT admitiu uma crise de confiança entre o governo e Motta, responsável pela escolha do relator. Com a discussão em torno da MP do IOF e as divergências sobre a indicação ao STF, a relação entre Lula e Alcolumbre também se enfraqueceu. As tensões políticas no Congresso refletem não apenas questões partidárias, mas também disputas de poder e interesses estratégicos.




