Segurança no STF é reforçada para julgamento de Bolsonaro e aliados
A partir desta terça (25), 1ª Turma do STF começa a decidir se aceita acusação da PGR contra ‘núcleo crucial’ da organização que teria planejado um golpe de Estado. Esplanada dos Ministérios não deve ser fechada; varredura antibombas está programada.
Segurança é reforçada para julgamento no STF que pode tornar Bolsonaro e 7 aliados réus — Foto: Raquel Lima, de
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal(SSP/DF) reforçou a proteção em torno do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta terça-feira (25) e quarta (26), a 1ª Turma do STF começa a decidir se aceita acusação da PGR contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados de tentativa de golpe de Estado em 2022, grupo chamado de “núcleo crucial”, de acordo com a PGR (veja detalhes abaixo).
Uma varredura antibombas deve ser feita nas primeiras horas da manhã. Cães farejadores também vão circular no térreo do prédio do STF. O local está protegido por grades, colocadas em novembro do ano passado.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, todas as decisões foram baseadas em avaliações de risco. O plano conta com o apoio do próprio STF, além de outros órgãos. O trânsito na Esplanada dos Ministérios não deve ser fechado(saiba mais abaixo).
Entre as medidas preventivas de segurança também estão:
Maior controle de acesso Monitoramento do ambiente Policiamento reforçado Equipes de pronta resposta para emergências
ESPLANADA NÃO DEVE SER FECHADA
Denúncia do golpe: saiba o rito do julgamento no STF que pode tornar Bolsonaro e 7 aliados
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do DF, não estão previstos fechamentos de vias na Esplanada dos Ministérios. “A Polícia Militar e o Detran-DF farão intervenções apenas em caso de necessidade”, diz a pasta.
O estacionamento de veículos ao longo dos meios-fios será restringido em ambos os lados da via de ligação entre a Via S1 e a Via N1 (em frente à Praça dos Três Poderes). E também na via Presidencial da Praça dos Três Poderes e na via S1 – da Alameda das Bandeiras até a Praça dos Três Poderes.
‘NÚCLEO CRUCIAL’ DA TENTATIVA DE GOLPE DE ESTADO
A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que fazem parte do “núcleo crucial” da organização criminosa:
1. Jair Bolsonaro, ex-presidente;
2. Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
3. Almir Garnier Santos; ex-comandante da Marinha do Brasil;
4. Anderson Torres; ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;
5. General Augusto Heleno; ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência;
6. Mauro Cid; ex-chefe da Ajudância de Ordens da Presidência;
7. Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e
8. Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.
Eles são acusados de cometer cinco crimes:
golpe de Estado;
abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
organização criminosa armada;
dano qualificado;
deterioração de patrimônio tombado.
Se for rejeitada, a acusação será arquivada. Se a acusação for aceita pela Primeira Turma, será aberta uma ação penal e os denunciados vão se tornar réus no tribunal.