Seguro ou Plano de Saúde para Pet: compensa fazer a contratação do serviço?

A saúde dos pets exige muita atenção. O espaço e a representatividade dos animais nos lares brasileiros vêm chamando a atenção do mercado, que passa a oferecer uma infinidade de serviços especializados. Uma das grandes novidades está na oferta de planos e seguros de saúde veterinários. Mas, será que compensa?

A promessa é interessante: economia financeira, conforto e praticidade. No entanto, antes de se decidir pela contratação, o primeiro passo é saber a diferença entre seguro e plano de saúde para os animais. O principal critério a ser pesado pelo dono deve ser a disponibilidade para levar o pet a um estabelecimento veterinário e, em seguida, o tipo de cobertura desejada.

De acordo com o médico veterinário Cesmar Sotkeviciene, proprietário da Atemdo Pet, o plano de assistência pode oferecer consulta em domicílio, um benefício interessante, já que muitos donos têm dificuldade em levar os pets até a clínica. Mas, a comodidade e o conforto para tutor e animal são apenas uma vertente positiva.

“O seguro de saúde costuma ser oferecido pela clínica veterinária e inclui cirurgias, internações, banhos e tosas, enquanto o plano cobre a consulta, o deslocamento e alguns serviços oferecidos em domicílio”, explica. Ele ressalta que o custo, de maneira geral, impacta muito na escolha dos clientes, especialmente em relação aos atendimentos preventivos. Entretanto, diante das opções, considera o primeiro o mais completo.

Sotkeviciene dá um exemplo do quanto o dono do pet economizaria em uma consulta dentro e fora de um desses serviços. Normalmente, ela custa R$ 300 na modalidade domicílio e de R$ 120 a R$ 150 em uma clínica veterinária. Porém, com um plano, ela pode custar R$ 100, em média. O serviço pode ser contratado por três meses, ao custo de R$ 500. Há também a opção anual, que sai a R$ 1,3 mil. Ou ainda, a melhor delas, que custa R$ 600 por seis meses.

Além disso, a cobertura geralmente engloba todos os animais da casa, independente do porte e da raça. Os locais de cobertura ainda não são tão abrangentes, mas Cesmar garante que atende Anápolis, Nazário, Pirenópolis e Senador Canedo. “Caso contrate por seis meses, durante esse tempo ele terá uma consulta por mês. Se fosse pagar a consulta por mês, no final sairia a R$ 1,8 mil”, afirma.

No entanto, algumas intervenções passam a integrar a lista de eventos incluídos nos pacotes somente após período de carência. O acompanhamento de parto fora do plano é o serviço mais caro, mas dentro do contrato passa a ser oferecido somente a partir de seis meses.

Leandro Oliveira comercializa seguros e afirma ter ele mesmo contratado um para cuidar de seus três cães. Segundo ele, trata-se de um seguro de vida para acidentes pessoais com assistência pet gratuita com duas consultas veterinárias ao ano para o animal e alguns exames básicos.

“Eu tenho porque o custo da consulta fica entre R$100 e R$200, ou seja, duas consultas custariam R$300, em média. Meus cachorros fazem consulta de rotina ou quando precisam, então economizo na consulta”, diz.

Versão internacional

Uma opção ainda mais direcionada nesse segmento é um seguro adicional para emergências em viagens internacionais, ainda bastante restrito a alguns planos. A ideia é funcionar por meio de reembolso.

O presidente da Associação de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais em Goiás (Anclivepa), Ronaldo Azevedo, pede cautela em todas as modalidades. “Vários planos de saúde foram colocados em funcionamento no mercado, mas funcionam apenas por um tempo. No início alguns impõem carência e estabelece limite para atendimentos”, ressalta.

Boom durante quarentena

O mercado pet brasileiro ganhou um impulso com a pandemia. Em 30% dos lares no País, um animalzinho foi adotado nesse período e faturou 50 bilhões de reais nos últimos dois anos, segundo dados da Comissão de Animais de Companhia, vinculada ao Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal.

 

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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