Seis casas noturnas em Goiânia são autuadas pelo Procon Goiás no último fim de semana

No fim de semana (dias 11 e 12), o Procon Goiás, em ação conjunta com o Procon Goiânia, Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Consumidor de Goiás, Vigilância Sanitária Municipal e Guarda Civil Metropolitana, fiscalizaram casas noturnas da capital. Entre os objetivos estava verificar os preços cobrados para homens e mulheres.

Durante a operação, foram fiscalizadas seis casas noturnas. Todas não cobravam preços diferenciados em função do gênero. Entretanto, em cinco estabelecimentos foram encontradas irregularidades. Eles foram autuados e têm o prazo de até dez dias, a contar da notificação, para apresentar defesa administrativa.

Irregularidades:
– Falta de informação adequada na entrada do estabelecimento, referente aos valores cobrados para acesso às dependências, de modo a garantir a correção, clareza, precisão e legibilidade das informações prestadas;
– Não fixação cartaz ou instrumento equivalente, na entrada do estabelecimento, com informações sobre sua capacidade máxima do evento;
– Não fixação, na entrada do estabelecimento, cartaz ou instrumento equivalente, com informações sobre a existência de alvará de funcionamento, de alvará de prevenção e proteção contra incêndios do estabelecimento ou autorização equivalente, bem como suas respectivas datas de validade;
– Não mantinha, em local visível e de fácil acesso ao público, exemplar do Código de Defesa do Consumidor;
– Não fixava o número de telefone do Procon Goiás em local visível ao público;
– Não fixava placa ou cartaz, com dimensão mínima de 0,20m x 0,30m, em local visível, informando o consumidor do direito previsto na Lei Estadual n° 19.232/2016;
– Não disponibilizava cardápios em braile para o atendimento dos portadores de deficiência visual;
– Expunha ao consumidor produtos impróprios ao uso e consumo, em desacordo com as normas de regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação.

*Informações da assessoria de Imprensa Procon Goiás

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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