Seis respiradores são encontrados “abandonados” em almoxarifado da Prefeitura de Novo Gama

No almoxarifado da Prefeitura de Novo Gama, no Entorno do Distrito Federal, foram encontrados seis respiradores novos. De acordo com o município, os equipamentos foram doados pelo Ministério da Saúde para o enfrentamento da Covid-19, há cerca de sete meses, porém ainda não haviam sido utilizados e estavam junto com carcaças de aparelhos eletrônicos.

Na última segunda-feira, 22, o prefeito de Novo Gama, Carlinhos do Mangão (PL), divulgou, por meio das redes sociais, que os respirados haviam sido encontrados. Conforme ele, os respirados foram jogados no almoxarifado pela antiga gestão da cidade;

“Já são mais de 8 mil mortes por Covid-19 no estado de Goiás. Encontrar esses respiradores mecânicos jogados em um almoxarifado pela gestão passada, ao invés de estarem sendo usados nos postos de saúde e Hospital Mont Serrat, que está sendo justamente para atender pacientes infectados pelo vírus, é de causar indignação”, publicou .

Em nota para TV Anhanguera, a ex-secretária de saúde de Novo Gama, Wisliane Maximiano do Nascimento, afirmou que a equipe de transição da atual gestão foi informada sobre os respirados. Ela acrescentou que os equipamentos estavam sendo guardados da maneira correta e estavam aguardando passar pelo Controle de Patrimônio para poder serem distribuídos de forma adequada.

Em relação aos respirados estarem junto com sucata, a ex-secretária declarou que não pode dar mais detalhes, porque não era a responsável pelo patrimônio nem pelo depósito da prefeitura.

A Secretaria Municipal de Saúde de Novo Gama informou que os equipamentos foram doados em 31 de julho de 2020 pelo Ministério da Saúde. De acordo com o  atual secretário de Saúde, Júlio Campos, será aberta uma investigação para apurar o porquê os materiais foram deixados no local. 

“Como foi localizado no almoxarifado da prefeitura, então, o departamento jurídico está cuidando dessa parte e tomando as providências futuras”, afirmou o secretário.

Segundo a prefeitura, dois respiradores já foram  instalados em unidades do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Outros três serão levados ao Centro de Atendimento a Pacientes com Covid-19. E o último será encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento 24 horas.

Foto: Reprodução

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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