Sem crise: vereadores aprovam o próprio 13º salário

Projeto de emenda à Lei Orgânica do Município restitui  13º salário e ao abono de férias

 

Câmara Municipal de Goiânia aprovou na última terça-feira (05), um projeto de emenda à Lei Orgânica do Município (LOM), lei que é considerada a mais importante que rege os municípios e o Distrito Federal. A emenda restitui as parcelas referentes ao 13º salário e ao abono de férias. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em fevereiro, pela legitimidade desse pagamento para prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores.

O vereador Lucas Kitão (PSL), explica como foi a criação do projeto dele e onde foi adicionada essa Emenda. “São dois projetos: o inicial de minha autoria e o outro da mesa com assinatura de 32 vereadores. São projetos que ambos tratam de uma mesma finalidade que é a alteração da Lei Orgânica. É isso que relaciona os dois projetos e dá pertinência exigida para compor o corpo de uma só lei.”

Até 2014 os prefeitos, vices, secretários e vereadores, recebiam o 13º salário. Mas depois de uma decisão jurídica, o pagamento foi suspenso. Em 2012 o plenário votou a alteração da Lei retirando o beneficio. Como a decisão do STF acabou com qualquer dúvida jurídica, a alteração foi apresentada em Plenário e aprovada por ampla maioria dos vereadores.

Para o vereador Lucas  seria apropriado esse tipo de pagamento. “Talvez seja um momento inapropriado por conta da crise econômica que o município está passando. Mas hoje o vereador é um servidor publico, então é descontado um subsídio trabalhista”.

Segundo Lucas a intenção não era fazer um projeto Jabuti (Que ocorre quando temas que diferem da proposta original) “Não foi do intuito da câmara fazer o projeto jabuti, no caso a única emenda com chance de prosperar foi a nossa. A intenção foi atualizar as leis do município em cima desse único projeto que tem chance de prosperar, existia pertinência temática”.

Larissa Madalena

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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