Sem desistir de apoio de Caiado, Vanderlan Cardoso oficializa pré-candidatura em Goiânia

Sem desistir de apoio de Caiado, Vanderlan Cardoso oficializa pré-candidatura em Goiânia

O senador Vanderlan Cardoso (PSD) vai lançar oficialmente sua pré-candidatura à Prefeitura de Goiânia nesta semana. De acordo com a assessoria de imprensa do presidente do PSD goiano, o anúncio deve ocorrer até na próxima quinta-feira (28), véspera do feriado nacional da sexta-feira santa.

Bem avaliado nas pesquisas feitas até agora, Vanderlan vai disputar pela terceira vez consecutiva o Paço Municipal goianiense.

Com o vácuo de pré-candidatos consistentes que a base do governador Ronaldo Caiado enfrenta, o senador articula para atrair a cúpula governista para apoiar, mais uma vez, seu projeto de ser prefeito de Goiânia. Resistente à ideia de apoiar o senador novamente, Caiado ensaiou, nos últimos meses, o lançamento do nome do ex-prefeito de Trindade Jânio Darrot (MDB) e voltou a tentar convencer Ana Paula Rezende a sair candidata.

Sem sucesso até agora, já que Jânio não decolou e Ana Paula segue resistente, o governador pode fechar com o PSD. Caiado quer formar um bloco de direita para tentar barrar o crescimento deputada federal Adriana Accorsi (PT), que, assim como Vanderlan, está bem avaliada nas pesquisas de intenção de voto do eleitorado goianiense.

Vanderlan já abriu diálogo com o MDB e quer o partido em sua vice. Falta agora convencer Caiado a apoiá-lo. O pessedista deve se encontrar com o governador nos próximos dias.

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Braga Netto tentou obter dados de delação de Mauro Cid

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de decretar a prisão do general Walter Braga Netto, na manhã deste sábado, 14, foi fundamentada pela tentativa de ele tentar obter detalhes da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, para a Polícia Federal em setembro do ano passado. Segundo a Polícia Federal, a ação pode ser caracterizada como obstrução de Justiça. As informações foram prestadas na última audiência de Mauro Cid à PF, no dia 21 de novembro.

A decretação da prisão, assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, a investigação, conforme a Polícia Federal, demonstra que houve contatos de Braga Netto com o pai de Mauro Cid, o general Mauro César Lourena Cid.

“[Os contatos] tinham a finalidade de obter dados sigilosos, controlar o que seria repassado à investigação, e, ao que tudo indica, manter informado os demais integrantes da organização criminosa”, aponta a decisão de Moraes.

O ministro é relator do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Outro argumento aponta que a PF, no dia 8 de fevereiro deste ano, data da deflagração da operação “Tempus Veritatis”, encontrou papeis na mesa do coronel Flávio Botelho Peregrino, assessor de Braga Netto, que orientariam perguntas e respostas sobre delação de Mauro Cid.

“Foi identificado na sede do Partido Liberal (PL), sob a mesa do coronel Flávio Botelho Peregrino, assessor do general Braga Netto, documento com perguntas e respostas acerca da colaboração premiada realizada pelo investigado Mauro Cid”.

Na decisão de Moraes, há trechos de como Cid informou à PF sobre as ações do general.

“Basicamente isso aconteceu logo depois da minha soltura, quando eu fiz a colaboração naquele período, onde não só ele como outros intermediários tentaram saber o que eu tinha falado”.

Dinheiro na sacola de vinho

Outra novidade que Mauro Cid trouxe, na audiência no último dia 21, foi sobre o financiamento das ações de forças especiais por parte de Braga Netto.

“O general repassou diretamente ao então Major Rafael de Oliveira dinheiro em uma sacola de vinho, que serviria para o financiamento das despesas necessárias à realização da operação”, apontou Cid.

Isso foi confirmado pela PF que descobriu a compra de celular e carregamentos de chip, com pagamentos em espécie em estabelecimento na cidade de Brasília.

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