Sem máscara Bolsonaro participa de ato, em Brasília

Jair Bolsonaro marcou presença neste sábado (15) em um ato a favor do seu governo feito por apoiadores na Esplanada dos Ministérios. O presidente desfilou pelos apoiadores de cavalo ao lado de ministros, após sobrevoar o ato de helicóptero presidencial. Depois, cumprimentou manifestantes em frente ao Palácio do Planalto, onde a multidão está concentrada.

A manifestação foi criada pelo próprio presidente que chamou os apoiadores para que pudessem protestar contra a CPI da Covid e outros fatores. Um dos principais alvos dos apoiadores de Bolsonaro é o relator da CPI, Renan Calheiros, que foi chamado de ”vagabundo” pelos manifestantes. Os aliado também gritaram ”Eu autorizo”, em favor a uma possível senha para que o presidente utilize de atos autoritários.

A maior parte dos manifestantes são agricultores que participam do ato sem a utilização de máscaras, item necessário para impedir o contaminação pelo Covid-19. Além do ato, Bolsonaro também visitou mais cedo o CTG, Centro de Tradições Gaúchas, onde foi recepcionado com duas panelas de risoto de carneiro e abraçou apoiadores.

Durante seu pronunciamento, enquanto apoiadores se aglomeravam, o presidente disse que ”sem voto auditável” o ex-presidente Lula poderá vencerá as eleições em 2022 por questões de ”fraude”.

Bolsonaro também criticou governadores que adotaram as medidas de isolamento. “Essa pandemia realmente não foi fácil. Mas conseguimos manter o nível de empregos formais. Já informais, quase 40 milhões [de empregos perdidos], quem destruiu? Foram alguns governadores e prefeitos, com sua política, sem qualquer comprovação científica, do ‘fique em casa, a economia a gente vê depois'”, falou. “Lamentamos as mortes por covid e todas as outras mortes. Mas não é ficando embaixo da cama que vamos enfrentar o problema”, continuou Bolsonaro.

Até o momento, o Brasil alcançou 432 mil mortes sendo o terceiro país mais afetado pela pandemia do novo coronavírus.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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