Sem pandemia, gasto do brasileiro com viagens salta 78% em dois anos

Impulsionado pelo fim da pandemia de COVID-19, o gasto total dos brasileiros com viagens nacionais atingiu R$ 20,1 bilhões em 2023. Esse valor representa um crescimento de 78,6% em comparação com 2021. O número de viagens realizadas também acompanhou essa tendência, com um salto de 71,5% no mesmo período. A Pnad Contínua, do IBGE, não coletou dados sobre o turismo em 2022.
 
O Ministério do Turismo, em convênio com o IBGE, viabilizou a pesquisa. Apesar de iniciada em 2019, o IBGE realiza comparações apenas a partir de 2020. O analista William Kratochwill, do IBGE, explica que em 2019 a pesquisa ocorreu somente no último trimestre, enquanto nos demais anos a coleta abrangeu o ano todo. Essa diferença metodológica pode gerar variações devido à sazonalidade do turismo.
 
Em 2020, com a pandemia impactando o mundo e forçando medidas de isolamento social, os brasileiros gastaram R$ 12,6 bilhões em viagens nacionais. No ano seguinte, o valor caiu 10,8%, chegando a R$ 11,3 bilhões. A partir de 2023, com o avanço da vacinação e a flexibilização das restrições, o setor experimentou um crescimento expressivo, ultrapassando a marca de R$ 20 bilhões em gastos.
 
O número de viagens realizadas seguiu uma trajetória semelhante. Em 2020, os brasileiros realizaram 13,6 milhões de viagens. Em 2021, a pesquisa registrou 12,3 milhões de viagens, uma queda de 9,6%. Já em 2023, esse número aumentou 71,5%, totalizando 21,1 milhões de viagens.
 
A pesquisa revela que, em 2023, a maioria das viagens teve como destino o próprio país, totalizando 97% (20,4 milhões). As viagens internacionais representaram apenas 0,7% do total, com 641 mil trajetos. Em 2021, esse percentual era de apenas 0,7% (90 mil viagens). Kratochwill, do IBGE, associa esse resultado ao impacto da pandemia, que impôs restrições e dificuldades para viagens internacionais.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Pobreza na Argentina caiu para menos de 40%, aponta governo

Pobreza na Argentina: Desafios e Dados

O índice de pobreza na Argentina caiu para 38,9% no terceiro trimestre deste ano, enquanto a pobreza extrema, ou indigência, recuou para 8,6%, conforme estimativa do Conselho Nacional de Coordenação de Políticas Sociais (CNCPS), divulgado nesta quinta-feira, 19. A medição oficial do Indec, que ocorre semestralmente, havia apontado 52,9% de pobreza na primeira metade do ano.

O governo atribui essa redução às políticas econômicas implementadas para controlar a inflação e estabilizar a economia, além de um foco maior nas transferências de recursos diretamente para os setores mais vulneráveis, sem a intermediação de terceiros. No início da gestão de Javier Milei, metade dos recursos destinados à população em situação de vulnerabilidade era distribuída por meio de intermediários.

Embora os números absolutos variem, especialistas concordam que os indicadores de pobreza estão em declínio. Martín Rozada, da Universidade Torcuato Di Tella, calculou que, se a tendência continuar, a taxa de pobreza pode se situar em torno de 40% até o final do ano, com a indigência em cerca de 11%.

Agustín Salvia, do Observatório da Dívida Social da UCA, apontou que a redução da pobreza foi impulsionada pela desaceleração dos preços e pelo aumento do poder de compra da renda laboral das classes médias, com a indigência caindo de 10% para 8,5% entre 2023 e 2024.

Leopoldo Tornarolli, da Universidade de La Plata, também previu que a pobreza em 2024 pode terminar abaixo dos níveis de 2023, devido à queda expressiva no primeiro semestre do ano.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp