Sem patrocinadores, Sikêra Jr cria empresa falsa para enganar telespectadores

Desesperado e sem telespectadores, o apresentador do Alerta Nacional, da RedeTV! Sikêra Jr criou uma empresa falsa para servir de ”isca” a ”um monte de lacradores”. Ele passou uma semana oferecendo ofertas da Óticas Tambaqui com propagandas enganosas. O apresentador assumiu, nesta quinta-feira (22), que a loja nunca existiu.

“Vocês lembram da Óticas Tambaqui, que anuncia aqui. E ontem a gente até sorteou uma agenda. Deixa eu dizer uma coisa para vocês?”, iniciou o apresentador. “Essa Ótica não existe. Eu criei essa ótica. Isso se chama isca e um monte de lacrador foi pra lá, mandando [mensagem] no WhatsApp, dizendo que nunca mais botava o pé nessa ótica. Como, se não existe?”

Sikêra Jr. ainda chamou de ”satânicos” e ”malignos” as pessoas que aderiram à campanha de desmonetização de seu programa na TV e na web. Ele contou que criou o perfil da loja durante uma madrugada e ainda usou seu espaço na TV para fazer ameaças.

Recado misterioso

Sikêra Jr usou as redes sociais neste domingo (18) para deixar um recado misterioso. “Se eu chegar no ponto de me calar e ficar distante, meu limite foi atingido. Me aguardem”, escreveu.

Após a campanha de desmonetização criada pelo Sleeping Giants Brasil, o apresentador perdeu pelos menos 62 patrocinadores devido a falas homofóbicas em seu programa na televisão e no canal do Youtube.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ex-marqueteiro de Milei é indiciado pela PF por tentativa de golpe

Fernando Cerimedo, um influenciador argentino e ex-estrategista do presidente argentino Javier Milei, é o único estrangeiro na lista de 37 pessoas indiciadas pela Polícia Federal (PF) por sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. Essas indecisões foram anunciadas na quinta-feira, 21 de novembro.

Cerimedo é aliado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e teria atuado no ‘Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral’, um dos grupos identificados pelas investigações. Além dele, outras 36 pessoas foram indiciadas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta seu terceiro indiciamento em 2024.

Em 2022, o influenciador foi uma das vozes nas redes sociais que espalhou notícias falsas informando que a votação havia sido fraudada e que, na verdade, Bolsonaro teria vencido Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas.

Além disso, ele também foi responsável por divulgar um ‘dossiê’ com um conjunto de informações falsas sobre eleições no país. Em vídeos, ele disse que algumas urnas fabricadas antes de 2020 teriam dois programas rodando juntos, indicando que elas poderiam ter falhas durante a contagem de votos.

Investigações

As investigações, que duraram quase dois anos, envolveram quebras de sigilos telemático, telefônico, bancário e fiscal, além de colaboração premiada, buscas e apreensões. A PF identificou vários núcleos dentro do grupo golpista, como o ‘Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado’, ‘Núcleo Jurídico’, ‘Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas’, ‘Núcleo de Inteligência Paralela’ e ‘Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas’.

Os indiciados responderão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A lista inclui 25 militares, entre eles os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, todos ex-ministros de Jair Bolsonaro. O salário desses militares, que variam de R$ 10.027,26 a R$ 37.988,22, custa à União R$ 675 mil por mês, totalizando R$ 8,78 milhões por ano.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos