Sem-terra ocupam prédio do Incra em Brasília

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da União Nacional Camponesa (UNC) e da Frente Revolucionária Mulheres em Luta ocuparam, na madrugada hoje (22), o prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Brasília.

De acordo com os organizadores, 650 pessoas participam do ato. O Incra informou que 200 trabalhadores participaram do ato. A Polícia Militar não informou o número de manifestantes. Desde as 11h, o grupo e representantes do Incra estão em negociação. O acesso ao prédio do instituto está bloqueado.

Os mainfestantes pedem intervenção imediata do governo no combate aos conflitos agrários. “Pela vida, a questão que o Incra entende como conflito agrário, para nós é massacre, morte, estupro, abuso contra mulher, criança, idoso dentro dos acampamentos que a gente tem no Brasil”, disse o líder da UNC, Júlio César Chaves.

Uma das regiões mais críticas, conforme Chaves, é o estado do Pará, onde oito trabalhadores foram mortos este ano em acampamentos. No estado, Chaves disse que há ação de milícias e grande número de crimes de pistolagem. “Está virando um caso tão rotineiro que os outros estados estão sofrendo a mesma situação. Daqui a pouco, a gente está com um Brasil sangrento.”

O grupo argumenta ainda que o Incra não está cumprindo 191 itens acertados dentro do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Com o acordo, os trabalhadores informaram que poderiam obter cestas básicas, lona, impressoras, carros-pipas por meio de recursos distribuídos pelas superintendências regionais. “Esses recursos não chegam há anos e, se chegam, não vão até eles [os trabalhadores]”, disse Júlio Chaves.

Fonte: Agência Brasil

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Ex-marqueteiro de Milei é indiciado pela PF por tentativa de golpe

Fernando Cerimedo, um influenciador argentino e ex-estrategista do presidente argentino Javier Milei, é o único estrangeiro na lista de 37 pessoas indiciadas pela Polícia Federal (PF) por sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. Essas indecisões foram anunciadas na quinta-feira, 21 de novembro.

Cerimedo é aliado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e teria atuado no ‘Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral’, um dos grupos identificados pelas investigações. Além dele, outras 36 pessoas foram indiciadas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta seu terceiro indiciamento em 2024.

Em 2022, o influenciador foi uma das vozes nas redes sociais que espalhou notícias falsas informando que a votação havia sido fraudada e que, na verdade, Bolsonaro teria vencido Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas.

Além disso, ele também foi responsável por divulgar um ‘dossiê’ com um conjunto de informações falsas sobre eleições no país. Em vídeos, ele disse que algumas urnas fabricadas antes de 2020 teriam dois programas rodando juntos, indicando que elas poderiam ter falhas durante a contagem de votos.

Investigações

As investigações, que duraram quase dois anos, envolveram quebras de sigilos telemático, telefônico, bancário e fiscal, além de colaboração premiada, buscas e apreensões. A PF identificou vários núcleos dentro do grupo golpista, como o ‘Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado’, ‘Núcleo Jurídico’, ‘Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas’, ‘Núcleo de Inteligência Paralela’ e ‘Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas’.

Os indiciados responderão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A lista inclui 25 militares, entre eles os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, todos ex-ministros de Jair Bolsonaro. O salário desses militares, que variam de R$ 10.027,26 a R$ 37.988,22, custa à União R$ 675 mil por mês, totalizando R$ 8,78 milhões por ano.

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