Desde a última terça-feira, 25, a Operação Candombá, realizada pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), da Polícia Civil, apura a ocorrência de loteamentos irregulares no município de Alto Paraíso de Goiás. As equipes verificaram que quase a totalidade de pessoas que compraram essas áreas são de Brasília, no Distrito Federal.
Os fiscais observam, entre outros fatores, a abertura de parcelamentos irregulares do solo para fim urbano dentro de áreas destinadas apenas para uso rural; loteamento de solo abaixo da fração permitida para áreas rurais; supressão de vegetação nativa do cerrado para abertura de arruamentos e lotes, captação de água sem outorga, dentre outros usos ilegais que já foram apurados como uso de fogo em vegetação nativa e pastagens. Junto a isso, também estão sendo checados alvos recentes de desmatamento levantados via imagens de satélite.
O superintendente de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável da Semad, Robson Dizarz, que acompanha as equipes em campo, lembra a todos que, ainda que os compradores tenham residência na Capital Federal, os processos de regularização, adequação e correção das irregularidades ocorrerão.
Ele conta que a crescente busca pelas terras em um dos locais de maior preservação do Cerrado fez com que os valores cobrados fossem elevados. E cita o caso de uma compradora de Brasília que pagou R$ 800 mil por uma área considerada pequena. Ela foi autuada pela prática de retirada de água subterrânea, utilizando conjunto de bomba submersa sem a outorga de direito de uso. Até a última segunda-feira, 31, a operação conjunta já havia resultado na aplicação de multas que somam R$ 1.948.000 na região da Chapada dos Veadeiros.