Semad reduz captação no Meia Ponte

Em ofício enviado a todos os usuários da bacia hidrográfica do Alto Meia Ponte na noite de quinta-feira, 29, a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás, Andréa Vulcanis, comunicou a decisão de reduzir em 25% as vazões de captação para todas as finalidades de uso na bacia, exceto abastecimento doméstico e criação de animais.

“Essa medida não interfere na água que chega à torneira das pessoas. É importante deixar isso claro. Não há corte ou restrição ao consumo doméstico. Mesmo assim, ressaltamos que é fundamental o uso consciente, é um dever de todos”, afirma Vulcanis.

No momento, o rio está em nível crítico 2, com vazão abaixo de 4 mil litros por segundo. Existe uma deliberação do Comitê de Bacia Hidrográfica (nº 21/2022) que orienta quais medidas podem ser tomadas de acordo com cada nível que o rio alcança.

Para o cenário atual, prevê-se a redução das outorgas em 25%. É importante frisar que a restrição não alcança a captação de água para abastecimento das casas, e tampouco a água consumida pelos animais.

O ofício da Semad mantém a vazão de captação de 2.000 L/s para o abastecimento público da região metropolitana de Goiânia, com a vazão abaixo do ponto de controle podendo chegar até o mínimo de 1.000 L/s.

A secretária Andréa Vulcanis salienta que, além do monitoramento das vazões, a pasta também está em comunicação com as instituições que representam os usuários da água na bacia, para minimizar riscos e potenciais prejuízos decorrentes de período de escassez hídrica.

Os dados referentes à situação hídrica da bacia do Alto Meia Ponte podem ser acompanhados por meio do Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos de Goiás (SirhGO). Para acessar o SirhGO, clique aqui.

“Reiteramos a importância da colaboração de todos os usuários para a adequada gestão dos recursos hídricos e a superação deste momento com os menores riscos e prejuízos possíveis”, completa a secretária no ofício.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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