Senado aprova inclusão de João do Pulo no livro de Heróis da Pátria

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Senado aprova inclusão de João do Pulo no livro de Heróis e Heroínas da Pátria

O Senado aprovou, nesta quarta-feira (19), um projeto de lei que inclui o nome do ex-atleta do salto triplo João do Pulo no livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. O texto ainda precisa ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). João do Pulo foi um exponente no salto triplo e ganhou duas medalhas olímpicas.

A proposta, de autoria do deputado Jonas Donizette (PSB/SP), pede que João Carlos de Oliveira seja eternizado como um dos grandes brasileiros da história. O livro fica dentro do Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, um memorial na Praça dos Três Poderes, em Brasília, que homenageia os heróis e heroínas do país.

A votação do projeto foi terminativa, sem a necessidade de passar pela aprovação do plenário do Senado. Agora, ele segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O relator da matéria, senador Jorge Kajuru (PSB-GO), justificou que a nomeação de João do Pulo deve ser feita por “justiça” e “honra” em função do seu trabalho no atletismo e como exemplo de superação.

Primeiro negro a competir pelo clube Pinheiros, João do Pulo nasceu em Pindamonhangaba, interior de São Paulo, e foi frentista de posto de gasolina e soldado do exército antes de iniciar sua carreira no atletismo. Subiu duas vezes ao pódio em jogos olímpicos, conquistando medalhas de bronze em Montreal, em 1976, e em Moscou, em 1980, mesmo sendo prejudicado por invalidações de saltos por fiscais soviéticos.

Em 1981, aos 27 anos e ainda no auge da carreira de atleta, João sofreu um acidente que o fez perder a perna direita, levando-o a abandonar as pistas. Após cursar a faculdade de educação física, ele se elegeu como deputado estadual em São Paulo em 1986. João do Pulo morreu em 1999, aos 45 anos, por cirrose hepática e infecção generalizada.

O livro dos Heróis e Heroínas da Pátria foi criado em 1992 para homenagear brasileiros que se destacaram dedicando suas vidas ao país, à liberdade e à democracia. Atualmente, conta com 91 nomes, incluindo personalidades como Zilda Arns, Darcy Ribeiro, Luiz Gonzaga, Irmã Dulce, Chico Mendes, entre outros. A lista é composta por 73 homens e 18 mulheres.

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