Senado aprova MP que aumenta salário mínimo e amplia isenção do IR

O plenário do Senado aprovou nesta quinta-feira, 24, em votação simbólica, a Medida Provisória (MP) 1.172/23 que aumenta o salário mínimo de R$ 1.302 para R$ 1.320 e amplia a isenção da tabela do Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas (IRPF). Agora, o texto segue para sanção presidencial.

O reajuste do salário mínimo já estava valendo desde o dia 1º de maio, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a MP. Foi incluída ainda nesse texto a ampliação da isenção do IRPF. Quem ganha até R$ 2.640 ao mês não terá que pagar imposto de renda. Até então, a isenção era para quem recebe até R$ 1.903,98 mensais.

Um destaque do líder da oposição senador Rogério Marinho (PL-RN) queria retirar do texto o artigo que define que a política de valorização real do salário mínimo seja permanente.

O relator da matéria senador Jaques Wagner (PT-BA) rebateu que “todos os anos com ganho real implica um volume maior de dinheiro no bolso do trabalhador e, portanto, movimenta mais o comércio, movimenta mais a economia brasileira, trazendo prosperidade para todas as famílias”.

Após o debate, o senador Marinho retirou o destaque da pauta reconhecendo que não haveria maioria para mudar o texto.

Segundo a MP aprovada, a valorização do salário mínimo será a soma do índice da inflação do ano anterior com o índice do crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB – soma de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região) de dois anos anteriores.

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Pobreza na Argentina caiu para menos de 40%, aponta governo

Pobreza na Argentina: Desafios e Dados

O índice de pobreza na Argentina caiu para 38,9% no terceiro trimestre deste ano, enquanto a pobreza extrema, ou indigência, recuou para 8,6%, conforme estimativa do Conselho Nacional de Coordenação de Políticas Sociais (CNCPS), divulgado nesta quinta-feira, 19. A medição oficial do Indec, que ocorre semestralmente, havia apontado 52,9% de pobreza na primeira metade do ano.

O governo atribui essa redução às políticas econômicas implementadas para controlar a inflação e estabilizar a economia, além de um foco maior nas transferências de recursos diretamente para os setores mais vulneráveis, sem a intermediação de terceiros. No início da gestão de Javier Milei, metade dos recursos destinados à população em situação de vulnerabilidade era distribuída por meio de intermediários.

Embora os números absolutos variem, especialistas concordam que os indicadores de pobreza estão em declínio. Martín Rozada, da Universidade Torcuato Di Tella, calculou que, se a tendência continuar, a taxa de pobreza pode se situar em torno de 40% até o final do ano, com a indigência em cerca de 11%.

Agustín Salvia, do Observatório da Dívida Social da UCA, apontou que a redução da pobreza foi impulsionada pela desaceleração dos preços e pelo aumento do poder de compra da renda laboral das classes médias, com a indigência caindo de 10% para 8,5% entre 2023 e 2024.

Leopoldo Tornarolli, da Universidade de La Plata, também previu que a pobreza em 2024 pode terminar abaixo dos níveis de 2023, devido à queda expressiva no primeiro semestre do ano.

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