Senado aprova novo prazo para estados e municípios remanejarem fundos

Senado aprova novo prazo para estados e municípios remanejarem fundos

Nesta terça-feira,13, o Senado aprovou por unanimidade o projeto que renova, até o fim de 2021, para que estados e municípios possam fazer o remanejamento de recursos remanescentes em seus fundos de saúde e de assistência social.

O texto ainda prorroga os prazos para estados e municípios renegociarem dívidas com a União. O projeto é do Luís Carlos Heinze (PP-RS) e já havia sido aprovado pelo Senado no mês passado.

No entanto, a proposta sofreu alterações quando passou na Câmara e voltou à análise dos senadores. Agora que o Senado aprovou as mudanças da Câmara, o texto segue para a sanção do presidente Jair Bolsonaro.

O projeto altera lei aprovada pelo Congresso no ano passado que autorizou, durante o estado de calamidade pública, a realocação de verbas de anos anteriores que ainda estavam nos fundos de saúde e de assistência social dos entes.

O decreto de calamidade foi encerrado no fim do ano passado. De acordo com o relator da matéria na Câmara, deputado Roberto Alves (Republicanos-SP), ainda existia um saldo de R$ 23,8 bilhões pendentes de utilização – sendo R$ 9,5 bilhões para os estados e o Distrito Federal e R$ 14,3 bilhões para os municípios.

“Com essa proposta, esses recursos poderão ser transpostos para uso em despesas na área de saúde, e que poderão era utilizados para o combate à pandemia de Covid-19”, afirma o relator em seu parecer.

Penalidades

O projeto também altera, de 30 de junho de 2021 para 31 de dezembro de 2021, a data em que a União poderá começar a aplicar penalidades aos entes que descumprirem as medidas de limitação de despesas previstas na legislação que trata da renegociação de dívidas dos estados.

A proposta ainda abre caminho para que estados que estejam em regime de recuperação fiscal possam criar cargos, reajustar salários e contratar servidores.

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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