A CPI do Crime Organizado foi instalada no Senado nesta terça-feira, 4, e escolheu o petista Fabiano Contarato (ES) para presidir a comissão. Alessandro Vieira (MDB-SE), autor do requerimento de criação da comissão, será o relator. Governo Lula conseguiu consolidar a vitória após alterações na composição do colegiado para garantir maioria e evitar uma derrota como na CPI do INSS. A oposição tentou indicar Flávio Bolsonaro como presidente, mas sem sucesso. Então, a indicação passou para Mourão. Contarato comentou as colocações de Flávio e reiterou que não abriria mão de suas convicções. A substituição de Nelsinho Trad por Angelo Coronel foi crucial para garantir mais um voto do grupo de apoio a Lula. As mudanças na CPI ocorreram ao longo da manhã, com Coronel entrando como suplente inicialmente. Oposicionistas criticaram a articulação do governo, alegando que os titulares agora fazem parte da ‘tropa de choque do Lula’. Em resposta, Jaques Wagner defendeu as ações do governo durante as negociações. Durante a reunião, o governo sugeriu Mourão como vice-presidente, mas ele recusou. Vieira pediu para que Mourão aceitasse a função, para evitar mais atrasos e comunicações equivocadas. Apesar das críticas, alguns oposicionistas mostraram aceitação em relação a Contarato, reconhecendo sua postura independente em diversas situações. No entanto, Eduardo Girão destacou que não pode apoiar devido à ligação do senador petista com o PT, o que poderia politizar a CPI.