Senador Canedo: quatro homens com armas de guerra morrem em confronto com a PM

Quatro criminosos morreram em confronto com a Polícia Militar em Senador Canedo, região Metropolitana de Goiânia. O caso ocorreu na noite deste domingo, 26, no Condomínio de Chácaras Residencial Estância Aurora das Mansões. No local, os policiais encontraram armamento usado em guerra e 20 kg de drogas.

A princípio, a equipe do Tático do 8º Batalhão da PM e a Rotam estavam investigando um possível local de armazenamento de drogas, para tráfico no município. No entanto, ao chegar na chácara, as equipes foram recebidas a tiros, por cerca de 10 criminosos. Os militares revidaram a agressão, que resultou em quatro mortos. Os outros seis conseguiram fugir pela mata.

Dentre eles, apenas dois foram identificados, Daniel de Paula Rodrigues e Luís Felipe Carvalho de Sousa, que tem passagens por diversos crimes, entre eles, homicídio, roubo e receptação.

No local, os policiais encontraram armamento pesado. Alguns deles usados para derrubar aeronaves e explodir carros de transporte de valores. Além de 10 kg de cocaína e 10 kg de Skunk.

“Os policiais fizeram o adentramento na residência e lá encontraram uma metralhadora .50 e uma .30. Todo armamento e droga foram repassados para a Polícia Civil. Agora eles vão investigar porque essas armas estavam lá. É um armamento de grosso calibre. A .50 é usada em guerra para abater aeronaves, por grupos criminosos para explodir cofre de carro forte”, explicou o Tenente Coronel Marcus Nogueira.

Confira a lista de apreensões:

• 01 metralhadora Browning .50;
• 01 metralhadora cal .30;
• 12 munições de cal .50;
• 01 escopeta Gauge 12;
• 02 Pistolas (cal. 9mm e cal. 380);
• 02 Revólveres cal. 38;
• 03 coletes balísticos;
• 10 kg de cocaína;
• 10 kg de skunk;
• 03 veículos roubados;

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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