Senador Vanderlan tenta virar prefeito de Goiânia, distribuindo cargos na Prefeitura de Senador Canedo

O ex-vereador de Goiânia Paulo Daher (PMN), ganhou um cargo de R$ 10 mil na Prefeitura de Senador Canedo, como prêmio de consolação por ter ingressado com o pedido de cassação da chapa do falecido Maguito Vilela (MDB), quando o mesmo lutava pela sua vida em um hospital. Na época Paulo Daher tinha um cargo de assessor no Governo de Goiás e foi exonerado pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) devido a ação na justiça tentando anular a eleição. “A nomeação de fantasmas faz parte de um aparelhamento da prefeitura para fins políticos do senador Vanderlan Cardoso (PSD). Com a cassação da chapa Maguito/Rogério, o Vanderlan assume a Prefeitura de Goiânia”, denunciou um vereador. Em suas rede sociais Paulo Daher defende a posição de Vanderlan.

O cargo está em nome do funcionário fantasma Gabriel Queiroz Lagares, que está lotado no gabinete do prefeito Fernando Pellozo (PSD), conforme dados do portal da transparência.  Gabriel é ex-funcionário de Daher na Câmara Municipal e já foi alvo de investigação do Ministério Público de Goiás (MP-GO), acusado de ser funcionário fantasma da Câmara de Goiânia, em 2018 no gabinete do então vereador Paulo Daher, conforme foi divulgado na imprensa.

Na época ao negar que Gabriel era fantasma, a assessoria de Paulo Daher publicou a seguinte nota revelando o grau de intimidade de Daniel e Daher. “Ele é o servidor que anda com o vereador quando tem alguma atividade  fora da Câmara. O Gabriel faz foto e também cuida das mídias sociais do vereador”.

Gabriel Lagares sendo parabenizando por Gustavo Gaher em sua rede social

O Diário do Estado entrou em contato com a Prefeitura de Senador Canedo, onde uma servidora do gabinete do prefeito, revelou “que tem certeza absoluta que não tem nenhum Gabriel no gabinete”, ouça o áudio em logo a baixo: Em suas redes sociais Daniel afirma ser designer gráfico, mas recebe R$ 10 mil na prefeitura, o mesmo valor de um secretário na gestão de Pellozo.

Crise política 

A nomeação de Gabriel com salário de R$ 10 mil na Prefeitura de Senador Canedo pode ser apenas o ponta do iceberg, revelando o verdadeiro motivo da briga que o senador Vanderlan Cardoso (PSD) vem travando com a Câmara Municipal de Senador Canedo para manter Fernando Pellozo na prefeitura há qualquer custo, apesar dos 4 processos de afastamento contra o prefeito tramitando no legislativo municipal.

Áudio onde a servidora do gabinete de Pellozo nega que Gabriel trabalha na Prefeitura de Senador Canedo

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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