Senadora Lúcia Vânia homenageada por atuação na Constituinte

O Congresso Nacional realizou nesta quarta-feira (07) uma sessão solene para homenagear as 26 deputadas federais constituintes. Em sua 17ª edição, o Diploma Bertha Lutz que premia personalidades que tenham oferecido contribuição relevante na defesa dos direitos da mulher e questões de gênero no Brasil, reconhece o legado das deputadas que trabalharam na elaboração da Constituição. A senadora Lúcia Vânia (PSB-GO) foi uma das homenageadas.

O evento faz parte da comemoração do Mês da Mulher e dos 30 anos da Constituição. Além da senadora Lúcia Vânia, as atuais senadoras Lídice da Mata (PSB-BA) e Rose de Freitas (PMDB-ES), além da deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) foram homenageadas. Seis prêmios foram concedidos In Memorian.

A parlamentar goiana, que na Constituição foi membro da Subcomissão dos Direitos e Garantias Individuais e da Comissão da Soberania e dos Direitos e Garantias do Homem e da Mulher, lembrou que há 30 anos não havia, no Senado ou na Câmara, uma condecoração para quem defendesse as questões de gênero.

Banheiro Feminino

“Esse duplo lugar de fala – de convidada homenageada e de anfitriã – que compartilho com as senadoras Rose e Lídice, já é um sintoma de transformação. Em 1987, não havia banheiro feminino do Plenário da Câmara. Durante a Assembleia Nacional Constituinte, não havia, no Senado Federal, nenhuma senadora em exercício de mandato”, disse Lúcia Vânia, que foi a única deputada federal da bancada goiana na Constituinte.

“A sociedade que imaginávamos, o país com que sonhávamos, o Brasil por que lutávamos era um país em que, acima das distinções de qualquer natureza, estava o princípio da dignidade da pessoa humana”, observou a senadora ao lembrar da reestruturação da ordem democrática, da soberania popular e do direito ao voto, conquistas alcançadas com a Constituição.

A parlamentar avaliou que a Constituição foi um marco na equidade de gênero. “A Constituinte representou uma oportunidade de institucionalização de várias das demandas femininas, que muito contribuíram e têm contribuído para uma sociedade mais justa, ainda que estejamos distantes do ideal”, afirmou.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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