“Senhora do Fuzil”: suspeita de guardar armas do PCC é solta por gravidez

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A mulher conhecida como “Senhora do Fuzil”, presa suspeita de guardar armas para o Primeiro Comando  da Capital (PCC),  foi solta na última quinta-feira, 4, por ordem da Justiça de São Paulo. Na decisão da soltura, o juiz entendeu que outras medidas cautelares são suficientes, devido a mulher estar grávida.

Mariana Fragoso foi presa no dia 24 de abril em Campinas, no interior de São Paulo. Segundo as investigações, ela receberia mil reais por mês para guardar o arsenal do PCC.

“Entendo que as medidas cautelares diversas da prisão previstas no artigo 319 do CPP são suficientes, motivo pelo qual defiro a liberdade provisória mediante as seguintes condições: proibição de ausentar-se da Comarca por mais de 7 dias sem autorização judicial e comparecimento a todos os atos do processo, sob pena de revogação do benefício”, afirmou o juiz José Guilherme Di Rienzo Marrey.

Durante a audiência de custódia, Mariana contou que havia descoberto a gravidez no dia anterior, porém não apresentou o teste no dia da prisão. 

“Ainda que assim não fosse, entendo que a gravidade concreta da conduta a ela atribuída é bastante grande, a desaconselhar a prisão domiciliar, e não há qualquer motivo que demonstre, concretamente, que a prisão preventiva, neste momento, poderá prejudicar o desenvolvimento de sua alegada gestação. Assim, converto a prisão flagrancial imposta à autuada em prisão preventiva para o resguardo da ordem pública, do cumprimento da lei penal e da instrução processual”, disse o magistrado na ocasião.

Vida de luxo

Nas redes sociais, Mariana Fragoso exibia fotos em festas e viagens. A mulher, que tem mais de 12 mil seguidores no Instagram, aparecia com artigos de luxo em diversas publicações.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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