Seoul processará igreja por surto de Covid-19

Nesta sexta-feira, 18, a cidade de Seul, Coreia do Sul, anunciou que abrirá um processo exigindo 4,6 bilhões de wons (cerca de R$ 20,5 milhões) de Jun Kwang-hoon, líder da Igreja do Amor Máximo, epicentro do segundo maior surto de Covid-19 na Coreia do Sul. 

Jun foi uma das figuras que liderou o protesto em massa, que causou o terceiro maior surto no país, contra o governo em Seul, no mês de agosto, mesmo com a proibição de concentração na cidade.

O pastor presbiteriano decidiu manter as manifestações, mesmo dias antes membros de sua igreja terem testado positivo para Covid-19. As autoridades de Seul acreditam que Jun dificultou os trabalhos dos rastreadores, fornecendo documentações falsas sobre os membros de sua igreja. O surto devido a igreja acrescenta mais de 1.100 infeções e manifestantes quase 600.

“Limitando os danos apenas aos casos relatados em Seul, aqueles sofridos pelo administração municipal, agência de transporte, escritórios distritais e serviço de saúde pública são estimados em 13,1 bilhões de wons (cerca de R$ 58,5 milhões)”, declara o comunicado divulgado hoje pela Câmara Municipal. 

Os advogados de defesa da igreja negam as acusações e pedem que o governo coreano processe a China por mentir sobre a pandemia.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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