Sequência de acidentes: Cruzamento preocupa moradores em Juiz de Fora

Uma batida atrás da outra: Sequência de acidentes é flagrada por moradora em cruzamento do Bairro São Mateus, em Juiz de Fora; VÍDEO

Cenas foram captadas entre janeiro e novembro deste ano. Perito de acidentes, Rodrigo Passos, explicou que uma solução para o trecho seria proibir a conversão para a Rua Araguaia, além da presença de fiscais de trânsito.

Sequência de acidentes é flagrada no Bairro São Mateus, em Juiz de Fora

Sequência de acidentes é flagrada no Bairro São Mateus, em Juiz de Fora

Motociclista jogado para o alto, batidas entre carros e cenas de imprudência foram registradas por uma câmera de monitoramento no cruzamento das ruas São Mateus e Araguaia, em Juiz de Fora. A situação tem preocupado moradores e pedestres que passam pelo local. (Veja o vídeo acima).

No primeiro vídeo, captado no dia 25 de janeiro, um caminhão atingiu uma moto que seguia no mesmo sentido, na Rua São Mateus. O veículo ia realizar uma conversão para a Rua Araguaia, e o motociclista tentou ultrapassar quando foi atingido.

Em outro incidente, no dia 1º de março, um carro tentou fazer a mesma conversão, mas o motociclista não conseguiu frear a tempo e acabou indo parar em cima do teto do automóvel.

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Já no acidente registrado no dia 11 de outubro, o motorista de um carro estacionado tentou realizar uma manobra proibida para a contramão e acabou batendo na lateral de outro veículo. A imagem também mostra que ele fugiu do local.

No dia 8 de novembro, um motociclista saiu da Rua Araguaia em direção à Rua São Mateus e acabou sendo atingido por outra moto. Ambos os pilotos ficaram caídos no chão.

Poucos dias depois, no último domingo (24), uma moto que estava parada na Rua Araguaia foi atingida por um carro que, ao fazer a curva, invadiu a contramão.

SEQUÊNCIA DE ACIDENTES

Motociclista vai parar em cima de teto de carro em Juiz de Fora

Segundo a aposentada Elizabeth Banhato, que mora na região há quase 50 anos, as cenas flagradas são comuns.

>”Tem acontecido demais. Na hora da escola, então, isso aqui fica intransitável, e atravessar a rua é muito perigoso. Carro demais, moto demais, delivery demais”, conta.

O empresário Rodrigo Goes, que tem uma loja na esquina onde foram registrados os acidentes, explica que, nos três meses em que abriu o estabelecimento no local, já teve tempo suficiente para perceber os problemas no trânsito da região.

“O trânsito aqui na rua, nos horários de pico, principalmente no horário escolar, já não suporta mais. A Rua São Mateus, eu creio que não deveria ser mão dupla, mas sim mão única, para poder suportar esse trânsito”, questiona o empresário.

Pela sinalização no local, a preferência no cruzamento é dos motoristas que trafegam pela Rua São Mateus, mas a existência de alguns problemas, como o estacionamento irregular de veículos, muitas vezes obriga o condutor a invadir a contramão ao fazer a conversão.

O perito em acidentes, Rodrigo Passos, explicou que uma solução para o trecho seria proibir a conversão para a Rua Araguaia, além da presença de fiscais de trânsito.

>”Nesse ponto exato, poderia haver fiscalização com a presença de um fiscal aplicando multas, pois mexer no bolso sempre acaba educando de forma indireta”, completou.

Cruzamento de ruas preocupa moradores por alto número de acidentes em Juiz de Fora

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Idoso morre após receber 4 doses de quimioterapia de uma vez: Justiça investiga caso de erro médico no hospital MedSênior

Investigação aponta que idoso morreu após receber 4 doses de quimioterapia de uma vez: ‘Agora é contar com a Justiça’, diz família

Inquérito da Polícia Civil indiciou enfermeiro e médica responsáveis pelo tratamento. Investigação confirmou que idoso recebeu 8,78 mg do remédio, enquanto prescrição era de 2,29 mg.

Nilton Carlos Araújo, que morreu após denúncia de erro médico. — Foto: Arquivo Pessoal

A Polícia Civil concluiu a investigação e apontou que Nilton Carlos Araújo, de 69 anos, morreu após receber quatro doses de quimioterapia de uma única vez durante tratamento no hospital MedSênior, em Belo Horizonte, em agosto deste ano.

O enfermeiro e a médica responsáveis pelo tratamento foram indiciados por homicídio por dolo eventual — quando não há intenção, mas se assume o risco de matar. A pena pode variar de 6 a 20 anos de prisão.

O Diário do Estado procurou a MedSênior, que afirmou que “confia no Poder Judiciário e está à disposição para colaborar com as autoridades”.

Segundo a investigação, em 19 de agosto, o enfermeiro aplicou quatro injeções, totalizando 8,78 mg do remédio. A prescrição médica, por sua vez, era de apenas 2,29 mg.

O profissional ignorou as etiquetas que estavam nas outras seringas, que tinham nomes de outros pacientes que recebiam o tratamento.

O enfermeiro comunicou a situação à enfermeira-chefe, mas não registrou o incidente no prontuário e ainda retirou a etiqueta de todas as injeções. A médica responsável também foi comunicada e não tomou nenhuma atitude.

> “O enfermeiro viu o erro dele e não fez nenhuma evolução no prontuário do meu pai. A enfermeira-chefe comunicou à médica, que não deu assistência alguma. Se tivessem feito alguma coisa, uma hemodiálise, por exemplo, ele estaria vivo”, lamentou Carolina Araújo, filha de Nilton, que acompanhou as investigações.

Caso foi registrado no Hospital da MedSênior, no Gutierrez, em Belo Horizonte. — Foto: Vagner Tolendato/TV Globo

Ainda de acordo com a investigação, a conduta da médica e do enfermeiro contribuiu para o agravamento do estado de saúde da vítima.

Nilton apresentou um mal-estar no dia em que recebeu a superdosagem e continuou com a saúde debilitada nos dias seguintes. Ele morreu quatro dias depois (relembre o caso abaixo).

De acordo com a família, o enfermeiro e a médica indiciados não trabalham mais na rede de hospitais MedSênior. Os dois estavam cientes dos protocolos de segurança previstos pela empresa, mas não os seguiram.

A investigação ouviu testemunhas, analisou prontuários médicos e laudos periciais e concluiu que os profissionais assumiram o risco de matar ao optar por não agir, mesmo tendo plenas condições de tentar evitar a morte do paciente.

Nilton Carlos Araújo e a filha, Carolina Araújo. — Foto: Arquivo Pessoal

A família de Nilton conta que as celebrações de final de ano foram difíceis com a ausência dele.

> “Os dias 24 e 25 foram horríveis para todo mundo, já que ele sempre fez questão da família. Sempre ficamos lembrando como seria se ele estivesse aqui. Lembramos dele em cada segundo, cada detalhes. Agora, é contar com a Justiça”, completou Carolina Araújo.

O resultado das investigações será submetido ao Ministério Público, que vai analisar e decidir se apresentará uma denúncia na Justiça contra o enfermeiro e a médica. Se a denúncia for apresentada, a Justiça dará início a um processo judicial contra eles.

O idoso fazia tratamento contra mieloma múltiplo todas as segundas-feiras no hospital da MedSênior no bairro Gutierrez, Região Oeste de BH, desde março de 2024.

No dia 19 de agosto, um enfermeiro diferente do habitual ficou encarregado de administrar a quimioterapia e aplicou quatro injeções, em vez de uma, conforme previsto no prontuário médico.

Nilton já começou a passar mal na tarde daquele dia. Retornou ao hospital, recebeu atendimento e voltou para casa. Entretanto, continuou com a saúde debilitada com o passar dos dias.

No dia 21, a situação dele piorou, e ele voltou ao hospital, de cadeira de rodas, e precisou ser internado.

O idoso ficou em coma induzido ainda na própria unidade da MedSênior, com estado de saúde instável e alterações nos batimentos cardíacos e na saturação de oxigênio.

No dia 22, ele foi transferido para um hospital maior, no bairro Serra, Região Centro-Sul da capital, e faleceu em seguida.

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