Sequestro de bebê no Paraná: abordagem como falsa agente de saúde, fuga e prisão em cativeiro

Abordagem como falsa agente de saúde, fuga e prisão em cativeiro: veja a cronologia do sequestro de bebê no Paraná

Suspeita teve prisão em flagrante convertida em preventiva, neste sábado (25).
Eloah Pietra Almeida dos Santos, de 1 ano e seis meses, foi encontrada na
sexta-feira (24).

1 de 4 Polícia encontrou Eloah na sexta-feira (26). — Foto: Rone

Polícia encontrou Eloah na sexta-feira (26). — Foto: Rone

Eloah Pietra Almeida dos Santos, de 1 ano e seis meses, foi sequestrada em
Curitiba [https://g1.globo.com/pr/parana/cidade/curitiba/] por uma mulher que
fingiu ser agente de saúde. Ela abordou a família na quinta-feira (23) e foi
presa na sexta (24), em Campo Largo
[https://g1.globo.com/pr/parana/cidade/campo-largo/].

As investigações envolveram Polícia Militar (PM-PR), Polícia Civil (PC-PR),
Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e Secretaria de Estado da
Segurança Pública do Paraná.

Abaixo, confira a cronologia do sequestro e como foram as investigações:

22 DE JANEIRO

De acordo com a PC, a suspeita tentou abordar uma criança em Campo Largo – cidade a 20 quilômetros de distância de Curitiba – mas não conseguiu.

23 DE JANEIRO

Às 11h50, segundo Érica Alves dos Santos, mãe de Eloah, a suspeita foi até a casa da família no bairro Parolin. Vestida com avental branco e máscara, ela disse ser agente de saúde e que havia recebido uma denúncia contra a mãe.

A mulher alegou ser necessário realizar um exame de sangue para confirmar que Érica não faz uso de drogas e bebidas alcoólicas. Ela pediu, então, que Érica fosse com Eloah até o carro porque levaria as duas até o exame.

Às 12h29, horário da câmera de segurança, Érica entrou no carro e as três
deixaram a casa. No trajeto, a suspeita pediu que a mãe tomasse um líquido que
estava em uma garrafa, dizendo ser vitamina.

Em seguida, a mulher pediu que a mãe colocasse Eloah na cadeirinha. Assim que
saiu do veículo e posicionou a criança, a mulher acelerou o automóvel sem placas
e fugiu.

Três minutos depois, Érica chegou em casa correndo.

2 de 4 Carro usado pela suspeita não tinha placas. — Foto: Reprodução/RPC

Carro usado pela suspeita não tinha placas. — Foto: Reprodução/RPC

No mesmo dia, após registro do boletim de ocorrência, um Amber Alert reportou o
desaparecimento da criança em redes sociais. A ferramenta é uma parceria entre o
Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e a empresa de tecnologia Meta.

3 de 4 Amber Alert enviado para usuários da Meta sobre desaparecimento de Eloah.
— Foto: Redes sociais

Amber Alert enviado para usuários da Meta sobre desaparecimento de Eloah. —
Foto: Redes sociais

24 DE JANEIRO

Depois de investigações e denúncia que o carro da suspeita foi visto em Campo
Largo, policiais do serviço de inteligência da Rondas Ostensivas de Natureza
Especial (RONE) chegaram ao cativeiro em que a mulher e Eloah estavam, às 19h15.

A bebê foi encontrada com o cabelo cortado, pintado e alisado.
“Possivelmente para que a criança não fosse reconhecida”, disse o advogado da
família.

Na casa, também foram vistos fraldas, leite e comida para a criança.

Bebê sequestrada em Curitiba teve cabelo pintado e alisado, diz advogado da
família

Às 20h, mãe, pai e tia de Eloah foram até a sede do Tático Integrado de Grupos
de Repressão Especial (Trigre), em Curitiba, em viaturas descaracterizadas da
PC.

Em seguida, às 20h50, viaturas também chegaram com a criança e a suspeita, que
foi presa em flagrante.

Dez minutos depois, Eloah foi vista pela primeira vez desde o sequestro. Ela
estava no colo de Érica, dentro da sala do delegado.

4 de 4 Eloah foi entregue à família após o resgate, na noite de sexta-feira
(24). — Foto: Reprodução/RPC

Eloah foi entregue à família após o resgate, na noite de sexta-feira (24). —
Foto: Reprodução/RPC

Completa, a família volta para casa às 22h55.

A suspeita permaneceu na sede do Tigre e foi ouvida pelo delegado Thiago
Teixeira, antes de ser transferida para uma cadeia na região de Curitiba. Ela
contou que queria uma criança para criar como filha e não tinha um alvo específico.

Suspeita de sequestrar menina de 1 ano no PR queria uma criança para criar como
filha

25 DE JANEIRO

A suspeita passou por audiência de custódia às 17h. Depois de ouvi-la, o juiz
Pedro Roderjan Rezende converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva.

Na decisão, o juiz menciona “garantia da ordem pública”, “gravidade da conduta
concreta”, “comoção popular” e “sério risco de reiteração” para justificar a
conversão.

O QUE ACONTECE AGORA?

A mulher é investigada pelo crime de subtração de incapaz. A PC também informou
que vai apurar outras condutas.

Com a prisão da suspeita, o inquérito deve ser concluído em dez dias e enviado
ao Ministério Público do Paraná (MP-PR), que pode apresentar denúncia à Justiça
em cinco dias.

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