Sérgio Paulo, autor da polêmica Lei Rouanet, morre no Rio

Sérgio Paulo Rouanet

Sérgio Paulo, autor da polêmica Lei Rouanet, morre no Rio

Sérgio Paulo Rouanet, ex-ministro da Cultura e autor da polêmica Lei Rouanet, faleceu neste domingo, 3, no Rio de Janeiro. Ele não resistiu a complicações da Doença de Parkinson e morreu aos 88 anos de idade. O intelectual deixa a esposa, a filósofa alemã Barbara Freitag, e os três filhos Marcelo, Luiz Paulo e Adriana.

Quem foi Sérgio Paulo

Sérgio Paulo Rouanet nasceu em 23 de fevereiro de 1934. Ele atuou como jornalista cultural, estreando pelo Jornal do Brasil e escrevendo artigos para a Folha de S. Paulo e revistas como Tempo Brasileiro e a Revista Estudos Avançados da USP.

Durante o governo de Fernando Collor (1990 a 1992), ele foi titular da Secretaria de Cultura da Presidência da República. Em 1991, Sérgio Paulo idealizou a Lei Rouanet, que autoriza produtores a buscarem investimento privado para financiar iniciativas culturais.

Por conta do avanço da síndrome de Parkinson, Sérgio Paulo não resistiu e o Instituto Rouanet confirmou a morte na manhã deste domingo.

A polêmica Lei Rouanet

Nos últimos anos, a Lei Rouanet foi centro de uma polêmica envolvendo artistas brasileiros. O presidente Jair Bolsonaro (PL), por exemplo, reduziu o valor de R$ 60 milhões para R$ 1 milhão por projeto assim que assumiu o cargo, no início de 2019.

Mais recentemente, a Lei Rouanet voltou a ser um centro de controvérsia após o cantor sertanejo Zé Neto dar indiretas a Anitta, insinuando que a funkeira utilizava os recursos de maneira exagerada. Isso aconteceu logo antes das divulgações de cachês milionários oferecidos a sertanejos por parte de Prefeituras.

Em síntese, a Lei de Incentivo à Cultura nada mais é do que um instrumento de fomento público à cultura, no qual as empresas podem abater parcela do valor investido no Imposto de Renda. Ao contrário do que se pensa, não há desembolso de dinheiro público, apenas uma redução da base tributária da empresa que apoiou o projeto.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos