Serna aproveita brecha, ganha pontos e acirra disputa no ataque do Fluminense
Colombiano tem fama de aparecer nos grandes momentos e é o vice-artilheiro da equipe na temporada, mesmo não sendo titular na maior parte das partidas.
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Toda crise é também uma oportunidade. Foi nessa linha que o atacante Serna ganhou espaço no elenco do Fluminense com Renato Gaúcho. Ele, que vinha sendo utilizado prioritariamente pela direita, tornou-se titular com as lesões de Keno e Canobbio e passou a ser peça-chave na boa sequência do time.
São quatro atuações consecutivas do camisa 90 como titular, com três triunfos e um empate. Na última quinta-feira, ele coroou o bom desempenho com um gol sobre o Once Caldas, que ajudou o Fluminense a garantir uma vaga nas oitavas de final da Copa Sul-Americana.
Serna é hoje o vice-goleador da equipe na temporada, ao lado de Canobbio, com seis bolas na rede, atrás apenas de Cano, que soma 14. A diferença, no entanto, é que o colombiano começou entre os onze iniciais em 14 oportunidades neste ano, sendo duas delas com a equipe alternativa, enquanto seu companheiro foi escalado desde o início em 22 confrontos.
O dado que mais chama a atenção, no entanto, é o número de participações em jogos do colombiano em 2025. Ele é, junto com o goleiro Fábio, o atleta que mais vezes entrou em campo pelo Fluminense neste ano, com 30 presenças. Isso reforça sua relevância no grupo, seja saindo do banco de reservas ou começando entre os titulares.
Contratado no meio da temporada passada, após se destacar pelo Alianza Lima contra o próprio Flu, Serna demonstrou poder de decisão, especialmente na reta final daquele ano. Foram dele dois dos gols mais emblemáticos na briga contra o rebaixamento. Balançou as redes no 1 a 0 sobre o Cuiabá, no Maracanã, pela 37ª rodada, e inaugurou o marcador diante do Palmeiras, no Allianz Parque, no confronto decisivo que garantiu a permanência na Série A — triunfo que também foi o primeiro do Tricolor no estádio alviverde.
O início de 2025 foi marcado por altos e baixos, em especial por questões internas. O jogador se sentia perseguido pelas cobranças de Mano Menezes e chegou a cogitar deixar o clube. Foi na despedida do treinador que a tensão ficou evidente.
O atacante foi escalado como titular contra o Fortaleza, mas acabou substituído aos 14 minutos da etapa inicial, após um gol sofrido em um erro de saída de bola que não foi seu. Serna chorou no banco após deixar o gramado. As lágrimas, porém, deram lugar novamente ao sorriso no rosto do colombiano. Às vésperas da estreia na Copa do Mundo de Clubes, boa parte da confiança da torcida tricolor em gols passa pelos pés de Serna.