Serpes: Caiado lidera com 41,9% e José Eliton tem 10,6%

Os que disseram que anularão o voto ou que não vão votar é de 13,6%

Divulgada a sexta rodada da pesquisa Serpes publicada no jornal O Popular deste domingo (30), e mostra que o senador Ronaldo Caiado (DEM) pode vencer no primeiro turno. O levantamento estimulado mostra o democrata com 41,9% das intenções de voto. Com mais de 30 pontos de diferença, aparecem depois o governador José Eliton (PSDB) e o deputado federal Daniel Vilela (MDB) com 10,6% e 10,1%, respectivamente.

A professora Kátia Maria (PT) aparece em quarto lugar, com 3,7%. Logo atrás, estão os professores Weslei Garcia (PSOL) e Alda Lúcia (PCO)com 0,7% e 0,4%, respectivamente. No último lugar, Marcelo Lira (PCB) aparece com 0,1% das intenções de voto. O número de indecisos ainda é alto: 18,7%. Os que disseram que anularão o voto ou que não vão votar é de 13,6%.

O levantamento foi realizado entre os dias 24 e 28 de setembro e não mediu o impacto da Operação Cash Delivery, deflagrada na última sexta-feira (29) e que prendeu o então coordenador da campanha de José Eliton, Jayme Rincon, além de ter feito buscas e apreensões em endereços do ex-governador e candidato ao senado, Marconi Perillo.

Simulação

Para vencer no primeiro turno, o candidato precisa contar com 50% mais 1 dos votos válidos (que excluem os nulos e brancos). No cálculo da simulação, também são excluídos os indecisos. Dessa forma, Ronaldo Caiado aparece com 62% dos votos válidos e venceria o pleito no dia 7 de outubro.

Metodologia

O levantamento ouviu 801 eleitores em 32 municípios goianos entre os dias 24 e 28 de setembro. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos. O intervalo de confiança é de 95%. A pesquisa foi contratada pela J. Câmara e Irmãos/Jornal O Popular e registrada no protocolo número BR-01440/2018 no TSE e no GO-01663/2018 no TRE, ambos no dia 23 de setembro de 2018. A responsabilidade técnica é da Serpes Pesquisas de Opinião e Mercado Ltda.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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