Serpes: mais de 45% dos goianos se dizem indiferentes ao posicionamento político

Faltando apenas 40 dias para as eleições, que neste ano, está extremamente polarizada entre a direita e a esquerda. Mais de 45% da população goiana se diz indiferente ao posicionamento político, segundo pesquisa Serpes.

De acordo com o levantamento, 28,5% da população ouvida se declara de direita, apenas 7,5% de esquerda. Outros 4,5% afirmam ser de centro. Entre 801 entrevistados pela pesquisa, 13,5% não opinaram.

Perfil dos eleitores goianos

Os dados mostram que eleitorado masculino é mais de direita 34,8% contra 22,8% entre as mulheres. O público feminino é mais indiferente sobre o posicionamento político. Mais de 50% declaram não ser de direita nem de esquerda.

Entre aqueles que têm nível médio de escolaridade, 31% são de direita e 5,7% de esquerda.

Na região Sul de Goiás se concentra o maior porcentual de eleitores de direita. São 33,7% contra 9,3% de esquerda. Em Goiânia, 26% afirmam ser direita e 5,3% de esquerda. Outros 51,5% são indiferentes.

O conservadorismo é ainda mais forte no segmento evangélico. Neste meio, 37,4% afirmam ser de direita e apenas 5,3% de esquerda. Entre os católicos, 24,5% se declaram de direita e 7,9% são esquerdistas.

Já entre os fiéis de outras religiões, a direita segue na liderança, com 23,9%, contra 13% de esquerda e 10,9% do centro.

Goiás tem três candidatos de direita na disputa pelo governo

O conservadorismo dos eleitores é notório diante dos três primeiros colocados na disputa pelo governo de Goiás, já todos são de direita.

Ainda segundo a pesquisa divulgada neste domingo, 21, o governador Ronaldo Caiado (UB) tem 47,7% das intenções de voto contra, 19,7% do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha (Patriota) e 3,7% do deputado federal Major Vitor Hugo (PL).

Caiado cresceu 10 pontos em relação à rodada anterior. Se as eleições fossem neste domingo, 21, ele venceria no primeiro turno com 62,9% dos votos válidos.

Na corrida ao Planalto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem 40,8% das intenções de voto em Goiás, contra 35,5% do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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