Serra do Japi: o patrimônio da Humanidade em Jundiaí e sua importância para a preservação ambiental

O patrimônio da Humanidade, Serra do Japi, acompanha Jundiaí crescer e contribui para a preservação da fauna e flora, sendo considerado o ‘Pulmão da cidade’. Com seus 350 km², a Serra do Japi pode ser vista de qualquer lugar da cidade de Jundiaí e chama a atenção não só pelo verde vibrante, mas pelas histórias que carrega e por abrigar inúmeras espécies de plantas e animais.

A serra é um raro remanescente da Mata Atlântica no interior de São Paulo e faz divisa com quatro municípios: Jundiaí, Pirapora do Bom Jesus, Cajamar e Cabreúva. Em 1983, a serra foi tombada como Patrimônio Natural da Humanidade pelo Condephaat e, em 1992, pela Unesco, destacando sua importância e relevância ambiental e histórica na região.

Ao longo dos anos, a Serra do Japi testemunhou marcos importantes na história de Jundiaí, como a construção da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí em 1867, que impulsionou o transporte de café e a chegada de imigrantes italianos à região. Com o passar do tempo, a serra sofreu com queimadas e desmatamentos, exigindo ações de preservação e reflorestamento por parte dos moradores locais.

A relação de amor e companheirismo estabelecida com os moradores de Jundiaí tem contribuído para a recuperação da Serra do Japi. Iniciativas como o grupo Japi Viva, que realiza trabalho voluntário de reflorestamento desde 2020, destacam a importância da preservação da mata nativa e da recuperação do equilíbrio ambiental na região.

Além de ser Patrimônio Natural da Humanidade, a Serra do Japi é protegida por uma lei municipal que visa evitar a exploração imobiliária do entorno da serra. A superintendente da Fundação Serra do Japi destaca a importância da preservação da serra em meio à crise climática global e ressalta a necessidade de proteger não apenas a flora, mas também a fauna que habita a região.

O orgulho dos jundiaienses pela Serra do Japi reflete a importância que o local tem na identidade da cidade. Considerada uma protetora e o pulmão da cidade, a serra é símbolo de preservação ambiental e conexão com a natureza para os moradores. Sua imponência verde e sua história contam não apenas a trajetória de Jundiaí, mas também a importância da preservação dos recursos naturais para as futuras gerações.

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Colecionadores de presépios unem fé e arte no Natal do Alto Tietê: conheça as histórias de Roberto Lemes Cardoso e José Carlos Maziero

Colecionadores de presépios do Alto Tietê unem fé e arte para cultivar a tradição do Natal

Paixão por presépios, tradição que é um dos símbolos do Natal, virou motivo de colecionismo de Roberto Lemes Cardoso, de Guararema, e José Carlos Maziero, de Poá.

Colecionadores de presépios unem fé e arte para celebrar o Natal no Alto Tietê

Entre peças maiores e miniaturas, Roberto Lemes Cardoso tem cerca de 80 presépios. Para o colecionador, as peças fazem parte da história dele, uma tradição de família.

Segundo o aposentado, a coleção começou quando uma amiga foi ao Peru e ele pediu um presépio. A partir daí, ele acabou despertando o interesse na interpretação de povos, de lugares e artistas que confeccionam as peças e na diferença cultural que existe a partir dos presépios.

“O presépio, na verdade, é a manjedoura. Só que hoje se estende mais, alguns são só a sagrada família, mas se coloca muito pastores, cordeiros. O boi e o burro não são do presépio original, não estão na bíblia, mas eles têm um significado que foi acrescentado à gente ao logo da história”, conta Roberto.

Como ele viajava bastante a trabalho, naturalmente outros presépios começaram a chegar.

“Eu, como colecionador, não me interesso muito por ter 300 presépios, 500 presépios. Mas presépios que digam alguma coisa de algum lugar, de alguma época, de alguma pessoa, de algum artista, enfim”.

Roberto divide a coleção em três categorias: itens para a casa dele, que é mais pessoal; os presépios voltados para eventos religiosos, elaborados com foco na fé e na espiritualidade; e os que representam a expressão cultural e artística, refletindo diferentes tradições e culturas ao redor do mundo. Mas ele conta que não há uma peça especial.

“Uma hora você gosta mais, mas aí você vê o outro. É que nem filho, não tem um especial, não tem um preferido. É difícil. Inclusive, tenho uns ali que são de papel. Cheguei a comprar um que você desmontava a caixa de panetone e montava um presépio com as figuras que vinham junto. Então, isso também acho interessante”.

O presépio é uma tradição cristã. Tradicionalmente, é montado no início do advento e desmontado no dia 6 de janeiro e representa o local onde nasceu Jesus Cristo, em Belém, na atual Palestina. Retrata a cena do nascimento, com elementos como Maria, José, os pastores, anjos e os animais, como forma de celebrar a fé e o espírito natalino.

Na casa de José Carlos Maziero, em Poá, o presépio é uma grande maquete, cheia de histórias para contar, com cerca de cinco metros e todo montado pelo aposentado. Segundo ele, são necessários cerca de três meses para a montagem. Ele conta que a paixão começou com o nascimento dos filhos.

“Eu resolvi pegar as pinhas do quintal e fazer aquela casinha. Da casinha, começou a sair tudo. Aí eu queria fazer com a minha filha. Comecei a fazer pra minha filha. Depois veio o menino, aí eu comecei a fazer pro menino. Aí não parei mais, aí tô fazendo até hoje”.

Cheia de movimentos e elementos, a arte impressiona. Desde a primeira casinha feita com pinhas, onde fica a manjedoura, até os barris de vinho feitos de rolha e as parreiras de uva feitas de alpiste de passarinho, até as folhas das árvores feitas com espuma de esponja de lavar louça. Muita criatividade e dedicação que, com a aposentadoria, fez ele trocar a solda pela delicadeza dos trabalhos manuais.

Na construção do presépio, os reis magos saem cada um de um ponto da maquete rumo à manjedoura, onde brilha a estrela à espera da chegada do menino Jesus. Para José Carlos, a tradição do presépio é uma forma mágica de resgatar a fé.

“Na noite de Natal, a minha família vem até aqui. Ou quando era lá embaixo, era lá embaixo, quando era na sala, era na sala. E a gente faz uma prece. Aí nós fazemos a prece do pai nosso, ave maria. Aí cada um se abraça, dá um abraço bem doce, e é assim que a gente faz. Aí sim coloca o menino Jesus. Acabou de colocar, aí a gente faz as preces”, explica José Carlos.

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