Servente de pedreiro é inocentado após ficar três anos preso acusado de agredir enteada
Em 2021, Felipe Emanuel da Silva Ribeiro foi indiciado por tentativa de homicídio contra a criança que, na época, tinha dois anos. A defesa dele conseguiu provar sua inocência durante o julgamento.
O servente de pedreiro Felipe Emanuel da Silva Ribeiro, de 27 anos, foi absolvido pela Justiça depois de passar três anos preso sob a suspeita de tentativa de homicídio contra a enteada de dois anos. Em 2021, ele chegou a ser indiciado.
O julgamento durou 17 horas e ele foi absolvido pelo Tribunal do Júri, encerrando um pesadelo de anos. Na decisão, o Conselho de Sentença, por maioria de votos, deliberou pela absolvição do réu em relação a todas as imputações constantes na denúncia. Determinou, ainda, a expedição imediata do alvará de soltura.
“Graças a Deus a verdade veio à tona, Deus mostrou o que realmente aconteceu e agora é depender de tudo, sofrimento, não é uma coisa que vai apagar da minha vida, mas vamos seguir a vida com fé em Deus tudo vai dar certo”, desabafou Felipe.
Felipe foi absolvido de todas as acusações.
A criança chegou a ser levada inconsciente para o Hospital Municipal de Contagem, onde ficou internada por cinco dias.
A mãe dela também foi indiciada pelo crime de tentativa de homicídio e omissão relevante, mas no dia da agressão, apenas Felipe, a babá da criança e a irmã da vítima – de 5 anos – estavam em casa.
A prisão preventiva de Felipe Emanuel foi decretada no dia 27 de abril de 2021. No dia 30, ele se apresentou à delegacia, onde negou o crime, mas foi preso.
Após a prisão, o homem passou quatro meses no Ceresp de Betim. Depois conseguiu o direito de sair e ficou um ano solto, usando tornozeleira eletrônica, mas o Ministério Público recorreu e Felipe foi preso novamente. Dessa vez em Ribeirão das Neves, no Presídio Inspetor José Martinho Drummond, onde ficou até o resultado do julgamento na última semana.
“E nós conseguimos demonstrar a inocência dele, o júri conseguiu chegar nesta decisão através de uma investigação defensiva que nós fizemos. Nós trabalhamos assim neste processo pegando nos detalhes que as investigações não tinham se atentado e, nestes detalhes, nós conseguimos comprovar a inocência dele”, disse a advogada Thamires Gradisse.
O caso segue em segredo de Justiça e, por este motivo, a reportagem não teve acesso às informações sobre a babá e a mãe da criança.