Serviços de castração gratuitos ainda são realidade distante em cidades goianas

Os serviços de castração de pets oferecidos gratuitamente pelas prefeituras ainda parecem ser distantes na maioria das cidades, assim como em Goiânia e Aparecida de Goiânia que não oferecem esse tipo de serviço à população. 

A capital possui apenas serviços ambulatoriais, enquanto a vizinha estuda implementar um castramóvel, mas sem data definida. Porém, em Anápolis, já há serviços de castração que foram disponibilizados aos moradores, como o castramóvel (ônibus adaptado). 

Nesta quarta-feira, 31, por exemplo, o veículo estará no Residencial Leblon, entre às 9h e 16h. No entanto, para ter acesso ao serviço, os pets precisam estar cadastrados no Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) da região.

“O castramóvel é uma das frentes de castração da prefeitura. Além do veículo, temos clínicas credenciadas no município e o Centro de Zoonoses que também realiza o procedimento em animais de rua, que representam riscos à saúde e que são resgatados”, explicou o Diretor de Vigilância em Saúde de Anápolis, Gúbio Dias.

Cadastro para castração

Os cadastros são feitos, de acordo com Gúbio, previamente nas regiões com auxílio da Secretaria Municipal de Integração Social, Esporte e Cultura, via CRAS. Na triagem são avaliadas questões sociais, como famílias em situação de vulnerabilidade, comprovante de renda e análise socioeconômica. O cronograma de bairros é montado conforme a demanda. 

“Geralmente a gente escolhe as localidades nos programas da prefeitura ou também nas regiões onde observamos um maior número de animais. Geralmente, o castramóvel está em uma determinada região toda semana. Os locais mais afastados são o nosso principal foco, visto que tem mais animais nas ruas”, diz.

Castromóvel

O Castramóvel foi entregue pela atual gestão e trata-se de um ônibus adaptado com sala cirúrgica, de medicação pré-anestésica, de assepsia e autoclavagem, sistema de aquecimento, oxigênio e ventilação mecânica, entre outros equipamentos necessários para o procedimento de castração de animais.

“Ele foi criado basicamente com dois objetivos: oferecer ao cidadão o serviço de esterilização animal, além de ajustar um termo de ajuste de conduta do município com o Ministério Público (MP)”, concluiu Gúbio.

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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