Servidora do Governo do Paraná condenada por desvio de R$1,3 mi: esposa de conselheiro do TCE

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Recentemente, uma servidora do Governo do Paraná foi condenada a 10 anos de prisão por ter desviado dinheiro público. Segundo a sentença proferida pelo juiz Guilherme Roman Borges, da 13ª Vara Federal de Curitiba, a Superintendente-geral de Desenvolvimento Econômico e Social do Paraná, Keli Guimarães, desviou cerca de R$ 1.313.830 entre os anos de 2010 e 2013 em contratos firmados com prefeituras do estado. Vale ressaltar que ela é esposa do conselheiro do Tribunal de Contas do Paraná, Fernando Guimarães, o que torna o caso ainda mais impactante.

De acordo com as informações divulgadas pelo Ministério Público Federal (MPF), os crimes cometidos por Keli Guimarães ocorreram entre os anos de 2008 e 2014. Na época, a servidora trabalhava em uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), que estabeleceu contratos com diversos municípios paranaenses, principalmente na área da saúde. O esquema envolvia a prática de lavagem de dinheiro e peculato, resultando em graves consequências para a gestão pública.

O esquema fraudulento incluía contratos com o Instituto Confiancce, empresa de propriedade de um familiar de Keli Guimarães. Além da servidora, outros oito indivíduos participaram das atividades ilícitas, visando manipular licitações, inflar os valores dos contratos e apropriar-se indevidamente dos recursos. Os desvios eram camuflados por meio do pagamento de despesas pessoais, locomoção de empresas falsas e simulações de serviços não prestados.

A condenação de Keli Guimarães repercutiu no âmbito estadual, levantando debates acerca da corrupção e da impunidade. Como consequência do seu envolvimento no esquema criminoso, a servidora foi sentenciada a uma pena de prisão de 10 anos, demonstrando a severidade da Justiça Federal em casos de desvio de dinheiro público. A defesa de Keli recorreu da decisão, alegando motivos não divulgados publicamente.

Diante do exposto, o Governo do Paraná emitiu uma nota oficial afirmando que os eventos mencionados no processo judicial são antigos e não têm relação com as atividades atuais desempenhadas pela servidora condenada. A instituição aguarda a tramitação do caso nas instâncias superiores para verificar os desdobramentos legais necessários. Cabe ao sistema judiciário apurar os fatos e aplicar as medidas cabíveis, garantindo a transparência e a ética no serviço público.

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