Servidora do INSS é demitida por fraudar dados para aposentar a sogra: caso expõe fragilidades no sistema previdenciário

INSS: servidora é demitida após fraudar dados para aposentar a sogra

Fraude feita pela servidora, permitiu que a sogra furasse a fila do agendamento.
Mulher foi demitida, condenada e deve recorrer da decisão

Uma servidora do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi demitida após
manipular dados falsos no sistema de informações previdenciárias, com o objetivo
de antecipar a aposentadoria da própria sogra. A manobra também beneficiou a sogra,
que furou a fila de agendamento, dispensou a ida dela a uma agência da Previdência
Social e a apresentação da documentação obrigatória.

Após a demissão, a mulher foi condenada em primeira instância. Porém, com base
na nova Lei de Improbidade Administrativa, ela deve recorrer ao Tribunal Regional
Federal da 3ª Região (TRF-3).

A nova legislação exige a comprovação da intenção de cometer ilegalidades,
enquanto antes bastava a violação dos deveres de honestidade e legalidade. Essa
mudança pode aumentar a impunidade em casos de corrupção no serviço público.

O caso não é isolado, já que o Tribunal de Contas da União (TCU) tem alertado
sobre fraudes no DE. Auditorias recentes identificaram 101 milhões de dados com
erros no Cadastro Nacional de Informações Sociais (Cnis), incluindo 42 milhões de
registros com CPFs falsos ou de pessoas falecidas. Essas irregularidades facilitam
a concessão indevida de benefícios, comprometendo a integridade do sistema previdenciário.

Para evitar novas fraudes, é essencial aprimorar a inserção de dados e implementar
práticas de governança no setor público. A Previdência Social enfrenta desafios
para manter a sustentabilidade financeira e precisa investir em medidas de segurança
para proteger seus recursos e evitar que servidores abusem de suas funções para
favorecer terceiros.

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Natal de detentas: refeição especial e amor no presídio do Entorno

Ceia atrás das grades: o Natal de detentas em um presídio do Entorno

Associação ofereceu 130 refeições para mulheres em situação de cárcere na Unidade Prisional Feminina de Luziânia

Intensificar ações que beneficiem quem mais precisa torna-se ainda mais importante nesta época do ano em que se celebra o nascimento de Jesus Cristo, com valores de solidariedade, amor, paz, fé e esperança. Para marcar o período e sobretudo a vida de mulheres privadas de liberdade, a Organização da Sociedade Civil (OSC) Ame Mulheres Esquecidas (A.M.E) proporcionou uma celebração natalina na Unidade Prisional Regional (UPR) Feminina de Luziânia – 3ª CRP, no DE.

Almoço especial, louvores, adoração, donuts natalino, brinde com guaraná, além de muita emoção, dignidade e acolhimento, marcaram a confraternização de 62 mulheres presas, dentre elas três grávidas, que não tiveram a oportunidade de cear com suas famílias na noite de Natal.

As celas, com grades trancadas por cadeados e camas fixas de concreto, deram espaço a duas grandes mesas postas, com direito à toalha vermelha, no pátio de banho de sol, com enfeites natalinos e uma deliciosa lasanha servida com arroz. O chef de cozinha do DF Marcelo Petrarca, doou 130 refeições e a empresária e chef da Monkey Donuts, Gabrielle Moura, voluntária do grupo, ofereceu 160 sobremesas.

O DE participou da ação e pôde constatar o impacto do trabalho para o bem-estar das mulheres encarceradas. Sob o comando das policiais penais, cada presa se sentou à mesa e recebeu o carinho das voluntárias da OSC.

Shaila classificou como gratificante o momento vivenciado na unidade prisional. “Muitas delas nunca se sentaram à mesa. Elas não têm mesas disponíveis para as refeições no dia a dia. Este momento significa muito e demonstra que elas são dignas de cear e se sentar na mesa de Deus”, destacou.

Por meio de ações que valorizam a dignidade humana, a A.M.E oferece, durante todo o ano, não apenas palavras de esperança, mas também iniciativas práticas, como cursos de capacitação, que abrem portas para um futuro diferente.

“O propósito da ação de Natal no presídio é promover a dignidade da pessoa humana, reafirmando que todos merecem respeito e cuidado, mesmo em contextos de privação de liberdade. Buscamos contribuir para a ressocialização, levando mensagens de esperança e reconciliação, enquanto pregamos o evangelho que restaura e transforma vidas”, enfatizou a fundadora da A.M.E, Shaila Manzoni.

Assista imagens da celebração:

Shaila conta que o sonho dela é fazer com que a A.M.E alcance todos os presídios femininos do Brasil, para que o país seja reconhecido como um dos mais seguros para se viver e com o menor índice de reincidência do mundo.

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