Servidora do INSS é demitida por fraudar dados para aposentar a sogra: caso expõe fragilidades no sistema previdenciário

INSS: servidora é demitida após fraudar dados para aposentar a sogra

Fraude feita pela servidora, permitiu que a sogra furasse a fila do agendamento.
Mulher foi demitida, condenada e deve recorrer da decisão

Uma servidora do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi demitida após
manipular dados falsos no sistema de informações previdenciárias, com o objetivo
de antecipar a aposentadoria da própria sogra. A manobra também beneficiou a sogra,
que furou a fila de agendamento, dispensou a ida dela a uma agência da Previdência
Social e a apresentação da documentação obrigatória.

Após a demissão, a mulher foi condenada em primeira instância. Porém, com base
na nova Lei de Improbidade Administrativa, ela deve recorrer ao Tribunal Regional
Federal da 3ª Região (TRF-3).

A nova legislação exige a comprovação da intenção de cometer ilegalidades,
enquanto antes bastava a violação dos deveres de honestidade e legalidade. Essa
mudança pode aumentar a impunidade em casos de corrupção no serviço público.

O caso não é isolado, já que o Tribunal de Contas da União (TCU) tem alertado
sobre fraudes no DE. Auditorias recentes identificaram 101 milhões de dados com
erros no Cadastro Nacional de Informações Sociais (Cnis), incluindo 42 milhões de
registros com CPFs falsos ou de pessoas falecidas. Essas irregularidades facilitam
a concessão indevida de benefícios, comprometendo a integridade do sistema previdenciário.

Para evitar novas fraudes, é essencial aprimorar a inserção de dados e implementar
práticas de governança no setor público. A Previdência Social enfrenta desafios
para manter a sustentabilidade financeira e precisa investir em medidas de segurança
para proteger seus recursos e evitar que servidores abusem de suas funções para
favorecer terceiros.

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