Servidores aprovam calendário de paralisação na Saúde Municipal de Goiânia

Sem condições de trabalho, sem data-base e sem a garantia dos demais direitos previstos em lei, os servidores da rede municipal de Saúde de Goiânia elaboraram e aprovaram ontem indicativo de greve e um calendário de mobilização. A primeira mobilização com paralisação vai ocorrer no Cais Novo Mundo no dia 20 de fevereiro, às 9h.

“Hoje, quase no final da nossa assembleia, surgiu a possibilidade de uma reunião com o prefeito na próxima segunda-feira (19). Diante disso, a categoria avaliou que seria mais coerente aguardar o resultado desse encontro. No entanto, os servidores decidiram construir um calendário de mobilização com o objetivo de fortalecer o movimento antes de deflagrar greve geral no município de Goiânia”, explicou o vice-presidente do Sindsaúde, Ricardo Manzi.

Ricardo adianta que além do cronograma de mobilização, a nova assembleia com o indicativo de greve também já foi marcada para a manhã do dia 8 de março, na Câmara Municipal. “Se nada mudar até lá, o nosso movimento poderá evoluir para uma greve geral”.

Ainda durante a assembleia, a presidente do Sindsaúde, Flaviana Alves, denunciou descaso da prefeitura com os servidores da Saúde e com a população. O Sindsaúde também pediu o apoio dos vereadores para solucionar a crise na Saúde.

Flaviana destacou que uma greve traz transtornos para os trabalhadores e principalmente para a população, mas que em muitos casos, ela acaba se tornando o último recurso do trabalhador. “Esse é o caso dos servidores de Goiânia. Infelizmente, a secretária de Saúde, Fátima Mrué, e o prefeito Iris Rezende não têm tomado providências e continuam ignorando o caos na Saúde”.

Na ocasião, os vereadores Jorge Kajuru (PRP), Dra. Cristina Lopes (PSDB), Paulo Magalhães (PSD), Clécio Alves (MDB) e Sabrina Garcêz (PMB) manifestaram apoio aos trabalhadores. “Eu vou encaminhar com urgência um requerimento solicitando esclarecimentos do prefeito e da secretária sobre o andamento das negociações com a categoria”, prometeu a vereadora Sabrina Garcêz.

A cobrança de melhoria nas condições de trabalho e o fornecimento do material adequado têm sido uma das principais reivindicações. O Agente de Combate às Endemias da prefeitura de Goiânia, Leandro Gouveia, explica que – antes de comprar o seu próprio uniforme – a falta dele vinha dificultando o seu trabalho. “Não só eu, como outros colegas também foram impedidos de entrar em uma residência ou comércio porque não estávamos uniformizados. A falta de uniformes não transmite confiança ao morador e ai não tem como fazer a gente fazer o nosso trabalho”.

O diretor do Sindsaúde e presidente da CUT-Goiás, Mauro Rubem, ressaltou que o momento é decisivo e que somente a união da categoria poderá barrar os retrocessos nos direitos da classe trabalhadora. “É desumano o que os servidores da saúde e a população de Goiânia vêm enfrentando”. Ele ainda lembrou que no próximo dia 19 acontecerá em todo país uma Mobilização contra a Reforma da Previdência e que a “participação de todos será muito importante”.

Além da melhoria das condições de trabalho, do pagamento da data-base de 2017 e 2018, o Sindsaúde reivindica o descongelamento do Plano de Carreira (progressões e titulação); regularização do atendimento no Instituto Municipal de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas), transferência da gestão para o servidor; inclusão dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), dos Agentes de Combate às Endemias (ACE) e inclusão dos servidores administrativos na Lei do Plano de Carreira (Nº 8916/2010); realização de concurso público e pagamento da dívida junto ao IPSM. (Texto da Assessoria do Sindsaúde-GO)

Veja o cronograma de mobilização e paralisação aprovado pelos servidores da Saúde:

20/02: Cais Novo Mundo – 9 horas
21/02: Prédio da Funasa – 13h30
27/02: Cais Finsocial – 9h
01/03: Cais Bairro Goiá – 9h
08/03: Câmara Municipal de Goiânia (Assembleia geral com indicativo de greve) – 8h30

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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