Servidores convocados para trabalhar em escolas de Goiânia são suspeitos de apresentar diplomas falsos

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Servidores convocados para trabalhar em escolas de Goiânia são suspeitos de apresentar diplomas falsos

Durante um processo seletivo para contratar servidores para trabalhar em escolas, a Secretaria Municipal de Educação (SME) de Goiânia descobriu 82 servidores convocados pelo processo com diplomas de conclusão do Ensino Médio com indícios de ilegalidade. O caso é investigado pela Polícia Civil de Goiás (PCGO).

“Chamamos os candidatos e eles afirmaram que não seriam verdadeiros os documentos e que eles teriam, sim, fraudado”, explicou a secretária de Educação da capita, Millene Baldy, ao g1.

As supostas fraudes aconteceram durante um processo seletivo simplificado para convocar servidores temporários para cobrir a licença de efetivos que estariam de licença. Os servidores concorreram para vagas de agente de apoio educacional, com atuação na portaria, cozinha ou limpeza das instituições. Esse cargo não exige o Ensino Médio completo, mas caso o diploma seja apresentado o concorrente pontua mais que os outros.

Nos diplomas supostamente falsos, constava que os 82 servidores concluíram o Ensino Médio na Escola Estadual Deputado José Luciano, também em Goiânia. Á SME, a própria instituição confirmou que os candidatos não teriam estudado na instituição.

Descoberta

As fraudes foram descobertas após uma candidata ao cargo de agente de apoio educacional apresentar divergência nas informações apresentadas enquanto tomava posse como servidora. A candidata teria dito que não possuía diploma de conclusão de Ensino Médio, mas apareceu no outro dia apresentando um documento que comprovava a conclusão.

“Aí surgiu a dúvida da coordenadora da regional, que pediu para conversar com essa candidata pessoalmente. Então ela afirmou que de fato não era verdade, que ela não teria cursado na escola”, completou a secretária.

A partir disso, a secretaria passou a analisar novamente os documentos apresentados por outros convocados que teriam apresentado documentos que constam conclusão na mesma escola. Ao verificar a possibilidade de fraude, a secretaria municipal encaminhou um ofício para a Delegacia Estadual de Repreensão a Crimes contra a Administração Pública (Dercap), para que uma investigação fosse iniciada.

A secretaria rescindiu os contratos de trabalho dos servidores após a suspeita da fraude. A decisão foi tomada até que seja atestada a veracidade dos documentos apresentados ao órgão.

As falsificações ainda não foram comprovadas pela Polícia Civil, mas a secretaria ressaltou que os próprios candidatos atestaram a ilegalidade dos documentos quando prestaram informações perante a Coordenadoria Regional.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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