Servidores de 33 órgãos do Estado terão vale alimentação

Auxílio-alimentação de servidores efetivos, comissionados, subsidiados, empregados e temporários de 33 órgãos será de R$ 79,4 milhões por ano

O projeto de lei nº 5208/17, que institui programa de auxílio-alimentação no valor de R$ 500,00 a todos os servidores de 33 órgãos estaduais foi aprovado ontem pela Assembleia Legislativa. Estima-se um impacto financeiro anual de R$ 79,4 milhões com o benefício.

Ao discutir a matéria, vários deputados criticaram o projeto do governo por não estender o benefício a aposentados e aos servidores de outros órgãos, como a Assembleia, por exemplo. “Porque nossos servidores não podem ser beneficiados? Nossos colaboradores fazem esta casa de leis funcionar para atender os interesses da população e do Estado. Nada mais justo que o vale alimentação seja concedido também a eles”, sugeriu Marlúcio Pereira, que apresentou requerimento sugestivo para a mesa diretora na tentativa de emplacar a benfeitoria aos servidores da Alego.

Na opinião da servidora pública Sarah Ribeiro, se o setor privado oferece vale alimentação, porque nós, servidores públicos, não temos acesso a esse benefício, que é mais que justo considerando a capacidade financeira do Estado. “Acho que todos os servidores públicos deveriam ser agraciados. Porque uns tem e outros não? Auxílio alimentação é direito de todo trabalhador. Quero muito que nós servidores da Assembleia sejamos incluídos nesse pacote”

“O projeto é ruim, meia-boca, atende mais ou menos os anseios, como se o servidor fosse um mendigo pedindo esmola e que o Governo garante um prato de refeição para atender pelo menos a fome emergente do nosso servidor”, desabafou Major Araújo.

ÓRGÃOS / SERVIDORES

AGÊNCIA BRASIL CENTRAL – 228; AGETOP – 262; AGR – 101; CORPO DE BOMBEIROS – 238; CONTROLADORIA-GERAL – 47; DETRAN – 1076; EMATER – 285; FAPEG -36; GOIÁS TURISMO – 36; GOIÁSPREV – 56; GOVERNADORIA – 166; IPASGO – 72; JUCEG – 152; METAGO – 2; PRODAGO – 21; POLÍCIA CIVIL – 1016; PROCURADORIA – GERAL – 69; POLÍCIA MILITAR – 2039; SECRETARIA CIDADÃ – 1066; SECRETARIA CASA CIVIL – 222; SECRETARIA CASA MILITAR – 131; SECRETARIA DO GOVERNO – 89; SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO – 478; SECRETARIA DA SAÚDE – 4769; SECRETARIA DE SEGURANÇA – 2613; SECRETARIA DE CIDADES – 317; SECRETARIA DA FAZENDA – 335; SECRETARIA DE PLANEJAMENTO – 2319; UEG – 2483; VICE-GOVERNADORIA – 81

Patrícia Santana

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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