Servidores municipais de Praia Grande, SP, retomam greve e Câmara aprova reajuste de 5,48%
Os servidores públicos municipais de Praia Grande, no litoral de São Paulo, retomaram a greve da categoria na manhã desta terça-feira (15), após o fim do prazo de suspensão determinado pela Justiça. A paralisação havia sido interrompida por 20 dias por decisão judicial, tomada durante uma audiência de conciliação no dia 25 de março.
A nova mobilização acontece após a aprovação, pela Câmara Municipal, do projeto de lei complementar que prevê um reajuste salarial de 5,48% para a categoria. Imagens obtidas pelo DE mostram que os trabalhadores se reuniram em frente à Câmara na manhã desta terça-feira e acompanharam a sessão sobre o reajuste, que começou às 10h.
A proposta foi aprovada por 18 votos a 3 e agora segue para a sanção do prefeito Alberto Mourão (MDB). Em nota, a prefeitura informou que o percentual equivale ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado dos últimos doze meses.
Os servidores consideram o percentual insuficiente e mantêm a reivindicação de 14,37%, com pagamento retroativo a janeiro. Veja outras reivindicações dos servidores: Auxílio-alimentação no valor de R$ 1.400; Auxílio-refeição no valor de R$ 1.210; Criação de comissão permanente de negociação (com membros do sindicato e da prefeitura); Concessão gratuita de Assistência Saúde ao servidor municipal; Implantação do plano de carreira para as categorias que ainda não têm.
A greve teve início em 21 de março, quando um grupo de servidores se concentrou na Avenida Ayrton Senna da Silva, na entrada do município. Em 24 de março, os manifestantes voltaram a se reunir em frente ao Paço Municipal e, no dia seguinte, diante da Câmara. Ainda no dia 25, após uma audiência entre representantes da categoria e da prefeitura, a Justiça determinou a suspensão temporária da paralisação.
A prefeitura afirmou, em nota, que o percentual proposto equivale ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado dos últimos doze meses. Segundo a administração municipal, a minuta enviada à Câmara com a proposta também prevê, para o exercício de 2025, um abono de desempenho fiscal aos trabalhadores a ser pago em parcela única em janeiro de 2026.
Após a prefeitura recorrer à Justiça para evitar impactos à população, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) determinou que o percentual de 70% dos servidores continuasse em atividade durante a greve. O DE questionou a prefeitura se os trabalhadores em greve nesta terça-feira terão o salário descontado e aguarda retorno.